Neste momento em que os casos do vírus que desencadeou a pandemia daa Covid-19 caíram no Brasil e por mais que continuem em um patamar alto, a percepção da maioria é de que a situação está sob controle pela primeira vez, de acordo com a pesquisa Datafolha.
A pesquisa foi realizada nos dias 7 e 8 de julho com 2.074 entrevistas presenciais com pessoas de 16 anos ou mais em 146 municípios. Dentre quem participou, a percepção de que a pandemia da Covid-19 está fora de controle é maior entre os que têm de 16 a 24 anos, os pretos (52%), os que reprovam o governo de Jair Bolsonaro (54%) e os que nunca confiam em suas falas (52%).
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Na última terça-feira (13), nosso país registrou mais de 42 mil casos de Covid-19 e 1.273 mortes na média semanal, o que significa uma redução de 23% a 19% nas últimas semanas, respectivamente. A situação ainda está longe de ser confortável, mas o avanço é atribuído principalmente à vacinação.
Até o momento, a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil conta com quatro imunizantes: Coronavac, AstraZeneca e Pfizer, que requerem duas aplicações, e Janssen, de dose única.
À medida que chegam novos lotes e a imunização avança para novas faixas etárias e grupos prioritários, melhora a avaliação do Ministério da Saúde na aquisição dos imunizantes.
O índice de ótimo/bom passou de 32% para 37%. Outros 30% avaliam como regular, 31% como ruim ou péssimo, e 2% não opinaram. Por outro lado, a insatisfação é maior entre os mais instruídos (46%) e os que reprovam o governo Bolsonaro (47%).
Para 60%, a imunização da Covid-19 ainda ainda está mais lenta do que deveria durante a pandemia, entretanto, ainda é menor do que o registrado em março (76%), no fim da gestão do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, e em maio (70%). Outros 30% avaliam que ela está dentro do prazo e 9%, mais rápida do que deveria.
Junto ao aumento da percepção de eficiência, ao avanço da vacinação na pandemia à redução de casos e mortes, o Datafolha mostra que cai também a parcela dos brasileiros que dizem ter muito medo de pegar o coronavírus. Ela chegou a 55% em março e agora está em 46%. Outros 31% declaram ter um pouco de medo e 21%, não ter medo.
Há diferenças significativas de gênero e regionais. Entre as mulheres, 52% ainda afirmam ter muito medo, ante 39% dos homens. No Nordeste, o índice é de 51%, e no Sul, de 38%.
Apesar da redução geral da parcela da população com receio da Covid-19, cientistas e autoridades de saúde alertam para a necessidade de manutenção das medidas de prevenção e distanciamento social, principalmente diante da circulação do vírus.
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Fonte: Folha de S.Paulo
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