Mais uma variante do novo coronavírus chegou ao Reino Unido. Segundo Matt Hancock, o secretário de saúde britânico, dois casos dessa mutação foram detectados no país. Ambos os infectados são pessoas que tiveram contato com indivíduos que viajaram à África do Sul recentemente.
O departamento de saúde sul africano reportou na semana passada que uma nova mutação do vírus encontrada no país poderia ser a responsável por um surto recente de Covid-19 na região. Hancock alerta que essa mutação parece ser ainda mais contagiosa que a identificada semana passada no Reino Unido.
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O secretário informa, ainda, que qualquer pessoa que tenha estado na África do Sul ou tido contato com alguém que esteve lá nas duas últimas semanas deve entrar em quarentena imediatamente.
Embora mutações em vírus sejam comuns, as novas variações encontradas no Reino Unido e na África do Sul parecem ser transmitidas mais rapidamente. O que ainda não se sabe é se essa nova variante apresenta maior letalidade.
Agora, o governo britânico anunciou restrições a todos os voos que chegam da África do Sul. Hancock disse, ainda, que a lei deve ser mudada para garantir que as pessoas realmente fiquem em casa. Na última semana, o Reino Unido teve quase 225 mil infecções. Ao todo, 2.116.609 milhões de infecções pelo novo coronavírus e 68.412 mortes já foram registradas na região.
Mutações do novo coronavírus
Diversas variações do novo coronavírus foram descobertas desde os casos relatados no ano passado, na China. O geneticista francês Axel Kahn chega a mencionar “300 mil” em sua página no Facebook.
Um dos temores atuais é que as modificações genéticas do vírus alterem a eficácia das vacinas — que já começaram a ser aprovadas no mundo todo.
Para o virologista Étienne Simon-Lorière, do Instituto Pasteur de Paris, as mutações não devem alterar o cenário do combate à Covid-19. “Não estou preocupado no curto prazo porque as vacinas desenvolvidas até o momento apresentam uma boa cobertura da proteína spike. Mesmo que um pequeno pedaço dela tenha mudado no vírus, nossos anticorpos ainda serão capazes de reconhecer o resto”, afirma.
Fonte: Reuters