Uma pesquisa, realizada nos Estados Unidos, demonstrou que os anticorpos produzidos pelas células imunes vão se tornando melhores e mais precisos contra o vírus da Covid-19 conforme vai se passando o tempo após a vacinação com o imunizante da Pfizer.
Em outras palavras, os anticorpos melhoram em qualidade na medida que diminuem em quantidade, após a vacinação contra a Covid-19. Este processo já foi descrito em modelos animais há quase 60 anos, porém, essa é a primeira vez que a maturação da resposta dos anticorpos é descrita em humanos.
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Resposta imune sustentável
Os resultados sugerem que a queda no número de anticorpos nos meses posteriores à vacinação representa uma mudança importante para uma resposta imune sustentável. Isso é positivo, já que a produção de grandes quantidades de anticorpos faz o corpo gastar muita energia.
Por conta disso, o sistema imunológico não pode sustentar a produção de muitos anticorpos durante muito tempo sem colapsar. Para resolver esse problema, gradualmente, o corpo passa a produzir quantidades menores de anticorpos, mas que são melhores e mais precisos.
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Neste momento, mesmo com níveis bem mais baixos de anticorpos, ainda é fornecida alguma proteção contra a Covid-19. Porém, os cientistas ponderam que para isso acontecer é necessário que o vírus não passe por grandes mutações.
Se não fossem as variantes…
Segundo o autor principal do estudo, Ali Ellebedy, caso o vírus da Covid-19 não tivesse grandes mutações, como as que deram origem às variantes delta e ômicron, a maior parte das pessoas que tomou duas doses da vacina da Pfizer estariam em uma situação bastante confortável do ponto de vista imunológico.
Os pesquisadores acreditam que o comportamento dos anticorpos, que se tornaram melhores com o passar do tempo, era esperado, mas que o tempo por que o processo se estendeu é notável. “Nunca pensamos que seis meses após a segunda injeção, muitas pessoas ainda estariam melhorando ativamente a qualidade de seus anticorpos”, disse Ellebedy.
Segundo ele, o problema é que o vírus continua evoluindo e produzindo novas variantes. “Os anticorpos estão melhorando no reconhecimento da cepa original, mas infelizmente o alvo continua mudando”, lamentou o pesquisador.
Via: Science Daily
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