O Brasil pode ter boas notícias sobre a aquisição de mais vacinas contra a Covid-19 em breve. Está marcada para esta sexta-feira (5) uma reunião entre o Ministério da Saúde e representantes do Instituto Gamaleya, fabricante da vacina russa Sputnik V, e do laboratório indiano Bharat Biotech, que fornece o imunizante Covaxin.
O encontro é uma tentativa de negociar a aquisição de 30 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. A expectativa é ter acesso aos imunizantes ainda em fevereiro. Na reunião, devem ser discutidos os termos contratuais do acordo, o cronograma de entregas e os preços dos medicamentos.
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O Instituto Gamaleya, que tem acordo com a União Química aqui no Brasil, diz que pode entregar 10 milhões de unidades de Sputnik V importadas da Rússia entre fevereiro e março. Além disso, a partir de abril, o laboratório da União Química – que já tem uma linha de produção de vacinas pronta no Distrito Federal – terá capacidade de produzir tanto o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) quanto 8 milhões de doses mensais no país.
Já o laboratório Bharat Biotech informa que tem condição de entregar 8 milhões de unidades de sua fórmula, a Covaxin, ainda em fevereiro. Para março, a empresa promete mais 12 milhões de doses da vacina.
Simplificação de regras
O avanço nas negociações com ambas as farmacêuticas foi possível porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu simplificar o processo de autorização de uso emergencial e temporário de vacinas. Com isso, mesmo fórmulas que não fizeram testes de fase três em humanos no país podem pedir o registro.
A exigência dos testes tem um motivo: as populações de diferentes países podem ter características biológicas distintas que alterem os efeitos colaterais observados no uso de medicamentos. Diante da situação atual de emergência sanitária, entretanto, os técnicos da agência concluíram que é mais importante conter a disseminação da doença.
Fonte: Ministério da Saúde