Diversos estudos já apontaram que a exposição a gotículas respiratórias que carregam o Sars-Cov-2 é o principal modo pelo qual as pessoas são infectadas com o novo coronavírus. Essas gotículas são produzidas durante a respiração, fala, canto, tosse e espirros. As partículas maiores, que são visíveis, caem do ar rapidamente em segundos a minutos, mas as menores podem permanecer suspensas por muito mais tempo. E agora uma câmera de uso militar mostrou como a Covid-19 se espalha pelo ar.
Para ilustrar visualmente o risco de transmissão aérea em tempo real, o jornal The Washington Post usou uma câmera militar infravermelha capaz de detectar o ar exalado. “As imagens são muito, muito reveladoras”, avalia o professor de engenharia mecânica da Universidade Johns Hopkins, Rajat Mittal, especialista em transmissão de vírus. “Realmente visualizar o que está acontecendo entre duas pessoas é muito valioso.”
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A tecnologia, normalmente usada para a detecção de vazamentos de gás metano em dutos, é altamente sensível, e é sensível a variações na radiação infravermelha que não são visíveis a olho nu. O mesmo sistema foi usado em 2013 pela polícia durante a caça responsável pelas explosões na Maratona de Boston.
Para o detectar como a Covid-19 se espalha pelo ar, o equipamento ganhou um filtro que destaca especificamente a assinatura infravermelha do dióxido de carbono. A câmera pode ser usada para mapear em tempo real o caminho parcial das partículas exaladas, e apresenta o potencial de exposição que as pessoas estão em relação a partículas transportadas pelo ar.
Para diminuir as chances de contaminação, o Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos recomenda que as pessoas pratiquem o distanciamento social e usem máscaras, além de evitar espaços internos lotados e sem ventilação. Fatores ambientais podem alterar o fluxo de ar, como vento e luz solar, e reduzir as chances de propagação do vírus.
Via: The Washington Post