Os casos da linhagem BA.2, um subtipo da variante Ômicron da Covid-19 estão aumentando em várias partes do mundo. Na Dinamarca, por exemplo, 65% das novas infecções já são da versão atualizada da cepa. Esse crescimento fez a Organização Mundial de Saúde (OMS) entrar em alerta e pedir prioridade nas investigações da subvariante.
“A partir de 24.01.2021, a linhagem descendente BA.2, que difere de BA.1 em algumas das mutações, inclusive na proteína spike, está aumentando em muitos países. Investigações sobre as características de BA.2, incluindo propriedades de escape imunológico e virulência, devem ser priorizadas independentemente (e comparativamente) a BA.1”, disse a OMS em nota.
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A subvariante BA.2 possui uma série de alterações genéticas em relação à BA.1, inclusive na proteína spike, que é usada pelo vírus para infectar as células humanas. Essas alterações tornam a subvariante especialmente perigosa, já que a maior parte das vacinas atuais têm a proteína spike como foco.
Subvariante BA.2
Por conta de suas alterações genéticas, a BA.2 tem sido chamada de “ômicron furtiva”, por ser mais difícil de se identificar. A BA.1 possui uma mutação que a torna visível nos testes PCR, contudo, a BA.2 não possui essa mutação, o que faz com que seja necessário um sequenciamento genéticopara sua detecção.
Porém, esse aspecto não afeta os testes de diagnóstico, que detectam a BA.2 normalmente. A mutação dificulta apenas o mapeamento da prevalência da cepa. Além disso, ao que tudo indica, a sublinhagem não é mais ou menos agressiva que a subvariante BA.1.
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De acordo com as autoridades de saúde dinamarquesas, análises iniciais não demonstraram um aumento no número de hospitalizações pela BA.2 em comparação com a BA.1. O próximo passo é testar a sublinhagem com anticorpos induzidos pelas vacinas.
Os resultados ainda não foram divulgados, contudo, é esperado que os imunizantes tenham um efeito positivo contra formas graves da doença causada pela subvariante.