O projeto Folding@Home, que recruta voluntários que doam parte do poder de processamento de seus computadores para realizar cálculos e simulações relacionadas a pesquisas médicas (incluindo o combate à Covid-19) ganhou um reforço de peso: a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, mais conhecida pela sua sigla, CERN.
O CERN está contribuindo com cerca de 10 mil núcleos computacionais de seu principal data center. A organização científica se junta assim a um número crescente de computadores contribuindo para o projeto, que cresceu rapidamente nas últimas semanas. O poder de computação coletiva máximo do sistema agora é de quase 2,5 exaflops – um poder de processamento superior ao dos 500 melhores supercomputadores do mundo juntos.
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“A contribuição do data center vem de máquinas estavam na fila para serem aposentadas”, explica Jan van Eldik, líder da seção de provisionamento de recursos do CERN. “Desenvolvemos rapidamente um procedimento para iniciar máquinas virtuais executando o Folding@home na nuvem OpenStack do CERN usando esses recursos”, completa.
O projeto tem como objetivo principal entender como as proteínas se “dobram” para assumir a forma necessária para realizar suas várias funções. Este conhecimento pode ser útil no combate a várias doenças, como o Mal de Alzheimer, Câncer, Ebola e Covid-19.
Um dos estudos relacionados à Covid-19 no Folding@Home é uma análise de como o vírus Sars-Cov-2, que causa a doença, usa três proteínas para formar uma “estaca” que usa para se prender a uma célula humana. A estaca então se abre, permitindo que o código genético do vírus (RNA) entre na célula e inicie a infecção.
Voluntários ao redor do mundo podem instalar softwares em seus computadores que usarão o poder de processamento disponível para ajudar a realizar as complexas simulações. O Folding@Home usa o poder de processamento ocioso dos computadores dedicados ao projeto, distribuindo a cada um deles pequenos pedaços de tarefas. Quando concluídas, seus resultados são devolvidos a um servidor central, onde são compilados.
Via: CERN