Quando a fase aguda da pandemia passar, o coronavírus permanecerá como uma doença endêmica – ainda por aí, mas de forma mais controlada No entanto, mesmo com programas de vacinação eficientes em alguns lugares, não existe atualmente uma projeção real para erradicar a Covid-19 em nível global. Especialistas apresentam as medidas necessárias para gerenciar a doença a longo prazo.
Segundo a Medical Xpress, uma doença infecciosa se torna endêmica quando não se espalha tão rápido a ponto de ficar fora de controle, mas ao mesmo tempo não é totalmente eliminada. A única patologia que se conseguiu erradicar completamente foi a varíola.
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O processo de extinção da varíola, contudo, foi longo e exigiu um esforço global. Além disso, só foi possível porque a doença infecta apenas humanos (e não animais), tem um período de incubação curto e já possuía uma vacina eficaz.
Para a maioria das outras doenças, a erradicação total não se torna viável. Entretanto, é possível reduzir sua propagação por meio de medidas a longo prazo, como a vacinação em massa.
Ainda assim, a imunidade de vacinações ou infecções anteriores pode diminuir com o tempo. Dessa maneira, o vírus continuará evoluindo e produzindo novas variantes, algumas das quais podem se espalhar mais rapidamente ou tornar as pessoas mais gravemente doentes, podendo até reduzir a eficácia de nossas vacinas atuais. O fato exige constante atualização por meio de pesquisas.
Um exemplo de surtos que recomeçaram, depois que uma doença foi controlada, foi a epidemia de sarampo de 2018. A adesão à vacinação caiu em vários países, o que reduziu a imunidade do rebanho abaixo do limite que mantinha a doença sob controle. Consequentemente, os casos subiram para uma estimativa de 10 milhões em todo o mundo.
Projeções para a Covid-19 no pós-pandemia
O Reino Unido já possui expectativas para colocar fim à pandemia. Por lá, a população está cada vez mais – mas não totalmente – se tornando imune devido ao plano de vacinação. Apesar disso, novos registros da doença estão surgindo nos últimos meses, infecções decorrentes da variante Delta.
O surgimento de novas variantes indica que ainda há muito o que se investigar sobre a Covid-19, incluindo por quanto tempo a imunidade atual de uma pessoa pode durar e se vacinas de reforço serão necessárias – e, em caso afirmativo, com que frequência devem ser administradas novamente.
Especialistas apontam que o plano mundial para se adaptar ao coronavírus deve acontecer a longo prazo e envolve: o monitoramento do vírus, para verificar a capacidade das novas variantes; investimento em vacinas e tratamentos, bem como garantir que as pessoas tenham acesso a eles; além do compartilhamento coordenado de recursos para fazer com que a imunidade se torne de fato global, até mesmo países que não dispõe de capital para adquirir os modelos de tratamento.
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Quanto mais pessoas tiverem a doença, maiores serão as chances do vírus evoluir e se espalhar. Isso significa que controlar o vírus deve ser prioridade. Nessa perspectiva, os cientistas indicam que a colaboração global é um caminho possível para garantir que todos, em qualquer lugar, tenham acesso a testes, tratamentos e vacinas.
Acontece que a competição entre os países e os ideais individuais liberalistas de grande parte das nações mais ricas têm impedido que essa cooperação aconteça.
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