O índice de casos confirmados de Covid-19 na cidade do Rio de Janeiro logo nos primeiros 18 dias de 2022 corresponde a mais de um quarto de todos os casos confirmados na capital no ano passado. Os dados são de acordo com o painel mantido pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS).
No dia de hoje, a secretaria informou que foram confirmados 76.466 casos de Covid-19 em 2022, representando cerca de 26% dos 285.916 casos que o município registrou em 2021 e mais de um terço dos 217.833 casos confirmados neste ano.
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Por mais que o número de casos esteja crescendo de forma rápida, o Rio de Janeiro contabilizou 36 mortes desde 1° de janeiro pela doença. Da mesma forma que está acontecendo com outros lugares do Brasil, a capital carioca têm enfrentado uma rápida disseminação da variante Ômicron.
A disseminação ligeira também causou uma alta na demanda por testes. Por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde notificou que precisou aumentar a sua capacidade de testagem em 48 vezes, realizando cerca de 600 mil testes desde o início do ano: “Nesse momento de grande demanda nos postos da rede municipal e da alta taxa de transmissão da variante Ômicron, a orientação é que preferencialmente pessoas sintomáticas procurem se testar para não sobrecarregar o sistema de saúde e para evitar a exposição ao vírus.”
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Além disso, o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia no Rio de Janeiro, Rodrigo Lins, explicou que o cenário implica que a população continue com as medidas preventivas, usando máscara, mantendo o distanciamento social e com esquema vacinal completo.
“Vemos um aumento do número de pacientes internados, sendo a maior parte deles de pessoas que têm menos vacinas, uma boa parte não vacinados ou só com uma dose”, afirma ele e destaca que “o hospital acaba tendo que internar para tratar não só a Covid-19, mas a descompensação de outras doenças que ele já tinha”.
Segundo o infectologista, o aumento de casos e disseminação da Ômicron de seu por grande parte pelas festas de fim de ano. “Houve uma subida muito alta, a curva é muito íngreme, e a tendência dessas curvas muito íngremes é ter uma queda também abrupta. Isso foi visto em outros países como a África do Sul”, argumenta sobre as possíveis novas ondas da doença.
Fonte: Agência Brasil