O Facebook pretende expandir sua campanha em favor das vacinas e contra a desinformação sobre a Covid-19. O chefe de saúde da empresa, Kang-Xing Jin, declarou nesta segunda-feira (8) que a rede social está “expandindo seus esforços para remover falsas alegações” sobre a doença no Facebook e Instagram.
Na prática, isso significa que a empresa vai começar a identificar e remover grupos e páginas ‘antivacina’ de suas plataformas. “Após consultas com as principais organizações de saúde, incluindo a OMS, estamos expandindo a lista de alegações falsas incluindo informações desmentidas sobre a Covid-19 e as vacinas”, disse Jin no blog oficial da companhia.
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Fornecer dados de fontes oficiais sobre a doença também é prioridade do Facebook no combate à desinformação, assim como aumentar os canais de comunicação para as pessoas acessarem essas informações. Para isso, a rede social também anunciou que pretende doar aos órgãos de saúde, ONGs e agências da ONU, US$ 120 milhões em publicidade para ajudar no compartilhamento de mais conteúdo relevante sobre as vacinas.
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Em um estudo conduzido recentemente, mais de 50 milhões de pessoas enviaram respostas ao Facebook sobre temas como o uso de máscaras e a vacinação contra a Covid-19.
O resultado mostrou que a parcela da população que pretende receber ou não a vacina varia de acordo com o país. Na Dinamarca, por exemplo, 90% dos participantes da pesquisa pretendem receber o imunizante, já na Argentina, a estatística cai para 71%.
O Facebook diz que os resultados serão aproveitados para direcionar o conteúdo sobre as vacinas de acordo com o anúncio de novas campanhas de imunização. A empresa também está trabalhando em parceria com entidades de educação e saúde para melhorar o alcance e a aceitação das vacinas nas comunidades carentes.
A companhia afirma que, à medida que os centros de vacinas e a capacidade de doses seja alcançada, pretende integrar esses dados em sua plataforma de mapas – abordagem utilizada pela empresa durante a eleição nos Estados Unidos. Na ocasião, o Facebook forneceu mapas para que os eleitores vissem onde e quando poderiam votar, o que também pode ajudar na triagem de pessoas durante as campanhas de vacinação.