Um grupo de cientistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), da Universidade Federal de Santa Catarina e do Instituto Federal de Santa Catarina, em parceria com a empresa SPK Solutions, desenvolveu um teste rápido da Covid-19 que, além de entregar um resultado com precisão em 45 minutos, custará bem mais barato do que os atuais produtos no mercado.
Segundo informações da Agência Brasil, a patente da nova tecnologia, chamada RT-Lamp, foi pensada para unidades básicas de saúde (UBS) e demonstrou precisão semelhante ao RT-PCR (do cotonete) com 96% de sensibilidade e 98% de especificidade. Sensibilidade e Especificidade são parâmetros usados para medir a assertividade dos testes, identificando o risco de falsos negativos e positivos.
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No caso dos testes com saliva, o novo kit diagnóstico também mostrou o mesmo grau de especificidade, mas apenas 70% em sensibilidade. Entretanto, segundo os pesquisadores, um paciente em jejum pode fazer toda a diferença, alcançando até 100% no parâmetro.
Hoje, um teste de RT-PCR custa em torno de R$ 100,00, enquanto o novo kit poderá ser comercializado a R$ 30,00. Além disso, o manejo do produto é mais simples e não precisa de tantos equipamentos ou muitos profissionais para a aplicação. Mas vale ressaltar que, ainda assim, é necessária a orientação de um profissional da área e manter todos os cuidados básicos contra a Covid-19.
Para os próximos passos, a Fiocruz informou que busca parceiros para a produção e distribuição do kit. Além disso, o produto ainda precisa da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de chegar às UBS do Brasil.
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O teste poderá ser usado em outras doenças
De acordo com o pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz André Pitaluga, o foco é levar a nova tecnologia ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ajudar não apenas no enfrentamento da pandemia, mas no combate de outras doenças.
“Já estamos trabalhando em uma versão do kit para o diagnóstico da febre amarela”, diz o pesquisador em texto divulgado pela assessoria do instituto.
Para que o desenvolvimento do teste fosse possível, os pesquisadores receberam apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica do instituto e financiamento da empresa Engie, do Programa Inova Fiocruz e do Ministério Público do Trabalho.
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