O novo coronavírus já infectou mais de 40 milhões de pessoas no mundo, matando quase 1,12 milhão. A maior esperança para combater a doença está na aprovação de uma vacina. Um dos imunizantes que parece estar mais próximo de ser aprovado é o Sputnik V, desenvolvido pela Rússia. Agora, segundo Kirill Dmitriev, diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos, a intenção é que a vacina receba a aprovação em diversos países em dezembro, incluindo no Brasil.
“Acreditamos que já em dezembro poderemos iniciar o fornecimento à América Latina, vamos produzir dezenas de doses de vacina para fornecimentos muito ativos serem iniciados em janeiro”, acrescentou. Além disso, Dmitriev afirmou que a produção da vacina não será concentrada na Rússia. “Nós confirmamos poder fornecer grandes volumes em dezembro deste ano. Vamos produzi-la no Brasil, Índia, Coreia do Sul, China e em mais um país”, explicou.
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Rússia espera aprovação de Sputnik V em outros países para dezembro. Foto: Divulgação/AFK Sistema
Para que isso ocorra, porém, é preciso que o imunizante seja aprovado pelos órgãos reguladores desses países. Se depender da Rússia, isso vai acontecer o mais rápido possível. “Vamos trabalhar com reguladores para que sejamos aprovados rapidamente em seus países”, acrescentou Dmitriev.
Pedido ainda não foi feito à Anvisa
Aqui no Brasil, o responsável por essa provação é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão, porém, afirmou na segunda-feira (19) que ainda não recebeu um pedido formal de estudos clínicos ou registro da Sputnik V. A agência ainda destacou que o aval para uso do imunizante só poderá ser analisado após esses pedidos.
Vacinação pode começar já em janeiro. Foto: iStock/Pornpak Khunatorn
“Nós iremos apresentar esses resultados da fase 3 aos órgãos de controle em cada país onde firmamos acordos para disponibilizar a Sputinik V, e a velocidade com a qual esses acordos serão aprovados depende de cada órgão”, afirmou Dmitriev.
No Brasil, há acordos com para a produção em parceria com a farmacêutica União Química. Além disso, o governo da Bahia já comprou 50 milhões de doses, enquanto o Paraná assinou um acordo de produção, que inclui a transferência da tecnologia.
O pedido a Anvisa deve ser feito em breve. Segundo o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o protocolo está em fase de elaboração. “É um processo complexo, que envolve tratativas técnicas, traduções e estudos sobre os dados que serão utilizados para a finalização do documento”, finalizou o Tecpar.
Via: Folha de S.Paulo/Sputnik News