O Banco Original acaba de dar um grande passo para acelerar sua estratégia de enriquecimento de dados visando a implementação do Open Banking aqui no Brasil. A instituição anunciou uma nova parceria com o Google Cloud, que vai permitir a análise de dados online e offline de seus clientes, bem como ofertas de produtos — tanto para pessoas físicas como jurídicas — ultrapersonalizadas.
Por meio dos serviços de computação em nuvem do Google, a leitura inteligente dos dados dos clientes, que será utilizada em tempo real, será muito mais ágil e precisa. Isso também reforçará a estratégia omnichannel do Banco Original para otimizar a interação com os seus usuários
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“Estamos indo para a nuvem e, por meio dela, teremos um dinamismo informacional muito mais tecnológico e otimizado para a esfera de análise de dados dos clientes. Essa parceria nos possibilita maior capacidade e um tratamento dessas informações em uma velocidade muito maior”, pontuou Rafael Carelli, Head de CRM do Banco Original.
Mas o grande diferencial fica por conta da análise dados online e offline, já que isso permitirá serviços ainda mais compatíveis com as necessidades dos clientes.
Basta imaginar um chef que conhece todos os gostos de determinado freguês. A possibilidade de um prato exclusivo que agrade o paladar do indivíduo será muito maior, correto? A lógica é a mesma, mas aplicada no cenário financeiro.
“Há um grande diferencial quando se pode trabalhar dados online e offline. Com todas essas informações, é possível garantir a melhor oferta possível para o cliente de maneira muito mais contextualizada. O grande benefício é a possibilidade de trabalhar de maneira ultrapersonalizada”, reforçou o executivo.
Naturalmente, o Banco Original espera que essa parceria reforce a aquisição de novos clientes — atualmente, a instituição possui cerca de 4,5 milhões de correntistas em seu portfólio. Mas muito mais do que a busca desenfreada por novos adeptos, o banco planeja que os serviços customizados ajudem a ativar os atuais clientes da instituição.
Open Banking
Todo esse cuidado com o tratamento de dados dos clientes acompanha a agenda do Open Banking no Brasil. O sistema financeiro aberto vai possibilitar que o compartilhamento de informações entre clientes e serviços financeiros facilite a portabilidade de serviços e estimule a criação de novos produtos e modelos de negócios no setor.
A fase 1 vem sendo implementada desde 1° de fevereiro deste ano e abrange o compartilhamento de dados das instituições financeiras ao público. Já a próxima etapa, que permitirá a entrega de serviços customizados, deverá ser efetivada pelo Banco Central até 15 de julho.
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Aliás, o BC também acredita que o sistema vai acirrar a concorrência no setor financeiro. Isso porque a imensidão de ofertas e produtos personalizados vai fazer com que as instituições diminuam os preços dos seus serviços para evitarem uma migração em massa para outros bancos.
“O mundo com o Open Banking é um mundo muito mais democrático para o lado do cliente. Ele quem vai determinar onde (e se) vai compartilhar dados. De acordo com as experiências, ele vai optar por realizar todo esse compartilhamento com o banco que melhor o agradar, o que vai permitir sentir-se muito mais bem atendido”, afirmou Carelli.
Tendência
E o Banco Original não é o único a recorrer aos serviço de computação em nuvem. No ano passado, por exemplo, o BNP Paribas anunciou uma parceria com os serviços cloud da IBM. Em abril deste ano, o Banco BTG+ tornou-se o primeiro do Brasil a operar 100% na nuvem com os serviços da Amazon Web Services (AWS).
“A banca e o setor financeiro estão atravessando um momento de profundas transformações e a nuvem pode ser um poderoso habilitador para dar conta delas”, afirmou Milena Leal, diretora de Vendas da Google Cloud no Brasil.
E a tendência deve continuar. Os serviços de computação em nuvem trazem maior escalabilidade e otimiza serviços de CRM e análise de dados pelas instituições. Isso se torna ainda mais essencial com a chegada do Open Banking no Brasil, que deve ser concluída até o fim deste ano.
“O grande ponto é que para a indústria financeira você precisa de uma variável chamada escalabilidade. Não será possível garantir isso utilizando apenas a estratégia in-house. A grande chave do sucesso para os próximos tempos são os dados e se você não trabalhar eles da melhor maneira possível, estará abrindo mão de competitividade”, finalizou o executivo do Banco Original.
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