Você já parou para pensar na possibilidade que estamos cada vez mais perto de conseguir um órgão artificial 3D no meio do espaço? Parece mentira ou história de ficção, mas sim, é o que a Nasa está bem perto de conseguir fazer.
A agência espacial dos EUA comunicou os dois vencedores do desafio Vascular Tissue Challenge, que possui o objetivo de acelerar de produção tecidos de órgão humano capazes de sobreviver em missões de longa duração e na Terra.
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Os campeões usaram impressão 3D para criar em laboratório tecidos de fígado humano, sendo que os avanços de pesquisas como essas contribuem diretamente para a área de transplantes de órgãos. O desafio foi lançado em 2016 e envolve investimento de US$ 500 mil da Nasa, as duas equipes vencedoras são do Instituto Wake Forest for Regenerative Medicine.
O objetivo da competição foi que os participantes criassem tecidos de órgãos humanos espessos e vascularizados que pudessem sobreviver por 30 dias, de acordo com informações do site “Technology Review”, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
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Projetos que imprimem órgãos
As equipes vencedoras são Winston e WFIRM, sendo que cada uma usou abordagens diferentes para criar tecidos que poderiam sobreviver dentro do corpo humano, como se fosse um órgão natural.
A diferença foi dentro da vascularização dos mesmos, ou seja, como os vasos se formam dentro do corpo. Um dos projetos usou estruturas de tubo e outro de tecido esponjoso para observar a remoção de resíduos e passagem de nutrientes.
O líder da WFIRM, Anthony Atala, contou que o desafiou foi um marco para a bioengenharia, pois as duas equipes teriam conseguido reproduzir o fígado que é, segundo o pesquisador, um dos tecidos “mais complexos de se replicar pelo elevado número de funções”.
Agora, o laboratório da Nasa pretende trabalhar com o Winston para transportar toda a tecnologia desenvolvida na Terra para o espaço.
Importância da iniciativa
O foco principal é salvar vidas. Dados de 2016 da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos mostram que só no Brasil 2,3 mil pessoas faleceram esperando transplante.
Estudos como o apoiado pela Nasa firmam um avanço, porém, o desafio é grande. Em entrevista para o site da agência espacial, o administrador de testes Lynn Harper disse que “o valor de um tecido artificial dependente de como ele vai imitar o que acontece dentro do corpo”.
Desde então, o principal problema a ser resolvido é em relação à sobrevivência do órgão por um longo período. Assim, há a possibilidade entender mais a exposição à radiação, com detalhes, como a amenização de danos às células saudáveis no transplante.
Fonte: UOL
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