Após mais de um ano, os desdobramentos causados pela Covid-19 desafiam tanto a medicina, como a humanidade. Em 2020, a pandemia custou mais do que os desastres naturais do mundo combinados em qualquer um dos últimos 20 anos. Existem várias categorias para medir os impactos de uma catástrofe, como o número de mortes e ferimentos e os danos financeiros.
Para chegar ao cálculo, é necessário atribuir uma espécie de preço à morte e também à doença, podendo ser entendido como “valor da vida estatística”.
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Alguns governos fazem a conta de duas maneiras: ou com base em pesquisas que pautam quanto as pessoas estão dispostas a pagar para reduzir um certo risco, ou calculando a compensação adicional quando um indivíduo ocupa uma posição de alto risco. Portanto, a quantidade de dinheiro associado ao risco de mortalidade resultam nesse índice da “vida estatística”.
Por outro lado, esse valor varia de país para país, principalmente pela aversão pública em precificar a vida, fazendo com que não seja um debate aberto. Neste caso, a alternativa é se basear no “índice de anos de vida perdidos” da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é a soma de três medidas principais do impacto da pandemia: anos de vida perdidos por causa de morte e doença por causa da doença; e os anos perdidos equivalentes devido ao declínio da economia.
Por exemplo, na Nova Zelândia, onde menos pessoas morreram e se encontraram praticamente livre do vírus, o índice é de 0,01 e significa que cada pessoa perdeu menos de quatro dias de vida. Ao comparar os impactos da Covid-19 com o de outros desastres mundiais, em condições de custos totais agregados, chega-se ao resultado de que a pandemia foi muito cara em termos de anos de vida perdidos.
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Apesar de nos últimos 20 anos a humanidade ter vivido diversas catástrofes como tsunamis na Indonésia (2004) e Japão (2011), furacões nos EUA (2005 e 2017) e um ciclone de alta mortalidade em Mianmar (2008), os custos não são maiores quando comparados com a crise da Covid-19.
Países mais vulneráveis e de economia aberta são mais afetados por dependerem da exportação para insumos, além da forte atividade turística. A perda per capita é mais alta na América Latina, sul da África, Europa, Índia e algumas ilhas do Pacífico.
Os dados disponíveis são apenas de 2020 e a tendência é aumentar, já que a pandemia da Covid-19 segue crescendo e continuará afetando a atividade econômica até 2022. Outro ponto que determina o tamanho do impacto e também seu custo é o andamento da vacinação da população. Países mais ricos e com poder de aquisição tendem a sofrer menos que países mais pobres, seja em índice de vida ou em meios de subsistência.
Via: Medical Xpress
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