Na semana passada, o caso de um grupo de empresários que teria tomado vacina ilegalmente em uma garagem de ônibus em Minas Gerais ganhou as manchetes. Agora, um laudo pericial revelou que parte do material apreendido na casa de uma criadora de idosos que teria se passado por enfermeira é soro e não o imunizante.
A informação foi divulgada com exclusividade pela TV Globo. A mulher é investigada por ter se passado por uma enfermeira e aplicar o suposto imunizante em pelo menos 57 pessoas em Belo Horizonte.
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Robson e Rômulo Lessa, donos da garagem onde caso aconteceu, admitiram que reuniram o grupo para vacinar. Os envolvidos acreditavam que teriam importando um imunizante utilizando um projeto de lei que permite a compra de doses pela iniciativa privada. No entanto, a legislação determina que todas as unidades compradas dessa forma precisam ser entregues para o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Cada participante pagou cerca de R$ 600.
Soro no lugar da vacina
Os policiais estiveram na casa da falsa enfermeira e encontraram frascos de soro no local, mas nenhum sinal da vacina. A suspeita é de que o produto tenha sido usado como se fosse o imunizante. Os agentes ainda vão confirmar qual foi a suposta vacina que o grupo tomou para verificar a falsificação. Inicialmente, os envolvidos disseram que o produto era da Pfizer.
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Em nota, a farmacêutica Pfizer nega que tenha vendido vacina contra a Covid-19 no Brasil fora do âmbito do PNI. “O imunizante Comirnaty ainda não está disponível em território brasileiro. A Pfizer e a BioNTech fecharam um acordo com o ministério da Saúde para fornecer 100 milhões de doses ao longo de 2021”, diz o comunicado.
“Pelos indícios do material que foi identificado, tudo indica que seja material falso”, disse o delegado Rodrigo Morais Fernandes para o canal. “Os resultados dos exames são compatíveis com a descrição contida no rótulo do produto, ou seja, que o mesmo se trata de produto farmacêutico denominado soro fisiológico (solução cloreto de sódio) e não vacina”, explica o documento de análise do material apreendido.
Via G1