Com a gravidade da pandemia de Covid-19 e o descaso do governo federal, os governadores brasileiros têm buscado entidades internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), para garantir alguma urgência no envio de imunizantes contra o novo coronavírus para o Brasil.
Os chefes dos executivos estaduais articulam desde o estabelecimento de critérios unificados para adotar medidas restritivas até a formação de um consórcio para a compra da Sputnik V. Entre os indicadores estão a lotação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
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Nesse grupo, há até governadores que antes apoiavam o presidente Jair Bolsonaro, como Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Ronaldo Caiado (Goiás) e Ratinho Júnior (Paraná). Na semana passada, eles assinaram uma carta com críticas a Bolsonaro e sua falta de ação perante a pandemia.
Para o governador capixaba, Renato Casagrande (PSB), alguns de seus pares estão preocupados com o relacionamento com o presidente e sua militância. Ele defende a formação de um grupo de trabalho de governadores para acompanhar com o Congresso as tratativas diplomáticas e outros assuntos ligados à vacinação.
Para Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, o consenso entre os governadores é comprar vacinas e entregá-las ao Plano Nacional de Imunização (PNI). “Isso ainda pode ser revisto”, diz. “O governo federal não tem consistência.”
Via: Agência O Globo