A Índia está passando pelo pior momento da pandemia da Covid-19. O país bateu um novo recorde de mortes diárias, com 4.329 óbitos registrados nesta terça-feira (18). No entanto, o número de novos casos vem caindo nos últimos dias.
Nas últimas 24 horas, a índia registrou 263 mil casos. No total, o país conta com mais de 25 milhões de infectados e 278 mil mortos pela doença. O país fica atrás dos Estados Unidos, com 586 mil óbitos, e do Brasil, com 437 mil.
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Apesar disso, as mais de 4,3 mil mortes superam o recorde do Brasil, de 4,2 mil, em abril deste ano, e se aproxima do recorde dos EUA, que registrou 4,4 mil em janeiro. Mesmo com a queda de novos casos nos últimos dias, especialistas acreditam que a Índia está com uma grande subnotificação de Covid-19. Tanto no número de óbitos quanto no número de testes positivos.
Covid-19 na Índia
Para efeito de comparação, os 263 mil novos casos registrados nesta terça-feira mostram uma queda de 36% em relação ao ápice de 414 mil novos registros no último dia 6 de maio. Há 21 dias consecutivos o país atinge mais de 3 mil mortes diárias.
“A receita para a criação de variantes do vírus é simples: quanto mais casos de infecção em um lugar, mais oportunidades para o vírus sofrer mutação e se adaptar”, explicou Nikolai Petrovsky, professor de medicina da Universidade Flinders e secretário-geral da International Immunomics Society.
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A Índia é o maior fabricante de vacinas do mundo e também produz imunizantes contra a Covid-19. Com a crise sanitária no país, as exportações foram proibidas pelo governo. Além disso, a nação é a principal fornecedora da Covid-19 da Covax Facility. A situação deve atrasar a entrega dos imunizantes em muitos lugares.
Embora o governo tenha mudado o tom inicial e enfatizado para a população a importância das medidas de isolamento, as autoridades solicitaram a remoção no Twitter e no Facebook de postagens criticando a forma como os políticos locais estão lidando com a pandemia.
Preocupados com a Covid-19 desenfreada na Índia, alguns países do mundo estão enviando insumos para o país asiáticos. Os EUA se comprometeram a enviar US$ 100 milhões em ajuda uma humanitária além de 20 milhões de doses da AstraZeneca. Reino unido e França também se comprometeram com recursos. A Rússia informou que vai fornecer doses da Sputnik V.
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