Um profissional de saúde de um hospital de L’Aquila, na Itália, foi infectado com a variante brasileira P.1 do novo coronavírus, mesmo após ter sido imunizado com a vacina da farmacêutica Pfizer em parceria com a BioNTech. A cepa foi identificada em exames periódicos e analisada pelos institutos de zooprofilaxia experimental de Abruzzo e de Molise.
De acordo com relatos, o paciente teria contraído o vírus da mãe, depois que seis ocorrências da doença foram registradas em sua família. Felizmente, nenhum deles apresenta sintomas, mas os médicos do hospital vão analisar se os outros contágios também têm ligação com a variante brasileira.
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Apesar de as autoridades sanitárias da Itália ainda investigarem o caso, elas acreditam que a fórmula contra a Covid-19 aplicada no profissional o protegeu de sintomas graves. Vale lembrar que vacinados também podem pegar e transmitir o novo coronavírus. Isso porque os imunizantes disponíveis não têm eficácia comprovada contra as novas cepas do microrganismo, que têm surgido em diversos países do mundo.
Nos últimos dias, foram observados outros três casos envolvendo a variante brasileira do novo coronavírus em Poggio Picenze, na Itália — os contaminados são brasileiros. As autoridades de saúde e a prefeita Cinzia Torraco se reúnem nesta sexta-feira (19) para debater a situação.
Variantes preocupam
Em janeiro, um estudo laboratorial apontou que a vacina da Pfizer era eficaz contra a mutação N501Y, encontrada nas variantes britânica e sul-africana do novo coronavírus — ambas têm alto potencial de transmissão. Já um levantamento divulgado na quinta-feira (18) mostra que a cepa da África do Sul pode enfraquecer a proteção de anticorpos da vacina da Pfizer em dois terços.
Ainda não está claro se o imunizante será eficaz contra a mutação. Nenhuma das pesquisas menciona a eficácia da vacina contra a variante brasileira, descoberta em Manaus.
Via: Uol