Uma mulher de 36 anos com HIV e moradora da África do Sul está sendo estudada após passar 216 dias com Covid-19. Além disso, ela acumulou mais de 30 variações do vírus durante o período. O estudo preliminar foi publicado no medRxiv na última quinta-feira (3) e ainda precisa passar por revisões.
A paciente, que não foi identificada, contraiu mais de 13 mutações na proteína spike, capaz de escapar da resposta imunológica do vírus. O restante das mutações alteraram o comportamento do SARS-Cov-2.
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Covid-19 e HIV
Ainda não foi identificado se as variações foram transmitidas para outras pessoas. Entre as mutações, estavam duas cepas, a Alpha (descoberta no Reino Unido) e a Beta (da África do Sul, país de origem da mulher).
A relação entre o vírus HIV e a Covid-19 ainda está sendo estudada. Os pesquisadores agora pretendem analisar mais pessoas soropositivas para descobrir se a Aids pode fazer o coronavírus permanecer por mais tempo no organismo.
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No entanto, o mais provável é que o caso da mulher seja uma exceção e não a regra para pessoas com HIV. Isso porque a infecção prolongada precisa de um sistema com imunocomprometimento grave. No caso, a mulher era imunossuprimida, quando a pessoa tem uma redução do seu sistema imunológico por patologias.
Um paciente com HIV pode ser imunossuprimido e é esse fator que os pesquisadores querem entender na relação com a Covid-19.
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