A Organização Mundial de Saúde (OMS) está preocupada com muitos governos tratando a pandemia da Covid-19 como superada. Nesta terça-feira (1º), o diretor da entidade, Tedros Adhanom lembrou que o mundo ainda está distante de superar o vírus e que há muitas coisas desconhecidas sobre a doença.
“Estamos preocupados que uma narrativa tenha se consolidado em alguns países que, por causa das vacinas e devido à alta transmissibilidade e menor gravidade da ômicron, a prevenção da transmissão não é mais possível e não é mais necessária. Nada poderia estar mais longe da verdade”, explicou Tedros.
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OMS e a Covid-19
O diretor da OMS explicou ainda que há mais casos de Covid-19 com a variante Ômicron do que em todo o ano de 2020, com mais de 90 milhões de infecções em pouco mais de 2 meses, o que torna o cenário desconhecido no futuro. Além disso, em muitos países a cepa ainda não atingiu seu pico.
“Mais transmissão significa mais mortes. Não estamos pedindo que nenhum país retorne ao lockdown, mas estamos pedindo que os países protejam seus povos usando todas as ferramentas, não apenas as vacinas”, completou.
Os casos da linhagem BA.2, um subtipo da variante Ômicron da Covid-19 estão aumentando em várias partes do mundo. Na Dinamarca, por exemplo, 65% das novas infecções já são da versão atualizada da cepa. Esse crescimento fez a Organização Mundial de Saúde (OMS) entrar em alerta e pedir prioridade nas investigações da subvariante.
“A partir de 24.01.2021, a linhagem descendente BA.2, que difere de BA.1 em algumas das mutações, inclusive na proteína spike, está aumentando em muitos países. Investigações sobre as características de BA.2, incluindo propriedades de escape imunológico e virulência, devem ser priorizadas independentemente (e comparativamente) a BA.1”, disse a OMS em nota