Análise da Universidade de Washington, nos EUA, prevê a triste marca de 100 mil mortes por Covid-19 no Brasil durante o mês de abril. A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da instituição. O país saltaria dos 332 mil óbitos, registrados até segunda-feira (5), para cerca de 436 mil até o dia 4 de maio.
Foram considerados fatores como uso de máscara e respeito ao distanciamento social, além da disseminação de variantes do vírus.
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Para esse cálculo, o estudo fez a projeção de três cenários possíveis. No primeiro, a pesquisa apontou para 434.702 vítimas fatais. Esse número seria atingido com 25% dos vacinados voltando à “vida normal”, ou seja, com os mesmos deslocamentos de antes da pandemia. Variantes já conhecidas do vírus (britânica, sul-africana e brasileira) estariam se alastrando pelas regiões vizinhas no mesmo ritmo registrado no Reino Unido. Outro fator seria a mobilidade dos não vacinados seguindo o padrão apresentado em 2020. Também consideraram a hipótese da diminuição dos casos entre os vacinados há, pelo menos, 90 dias.
Já o segundo panorama, avaliado como o pior deles, estimou o total de 436.151 óbitos. Deslocamento dos não vacinados mantendo-se como no último ano, mobilidade de todos os já vacinados seguindo os padrões pré-pandemia e diminuição do uso de máscara seriam algumas das características desse cenário. Além disso, as variantes brasileira e sul-africana chegariam a locais ainda não atingidos, e a vacinação teria eficiência reduzida diante da mutação da África do Sul. Neste caso, a estimativa é de quase 600 mil mortes até metade do ano.
Por último, o terceiro quadro, com número total de 429.634 mortes, apresentou quase as mesmas características do primeiro cenário. As diferenças seriam que, neste panorama, 95% da população faria o uso correto de máscaras.
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Mortes por Covid-19 podem mudar a situação demográfica do Brasil
Alta de mortes por Covid-19 pode resultar em uma mudança demográfica da população no Brasil por muitos anos. Isso porque o número de óbitos está se aproximando da taxa de nascimentos em pelo menos sete estados, incluindo São Paulo, o mais populoso.
Mas, segundo uma reportagem da Reuters, o maior exemplo desse quadro é o Rio Grande do Sul. O estado brasileiro, que foi considerado um exemplo no combate ao coronavírus em 2020, agora sofre com o colapso do sistema de saúde. Em março, o estado teve 15.736 mortes registradas, mas que o dobro da média do mês no ano passado, e contou com 11.921 nascimentos, de acordo com o Portal da Transparência.
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Fonte: PledgeTimes