Um estudo realizado pela organização sem fins lucrativos Insecurity Insight apontou que, durante o ano passado, apesar de estarem enfrentando um vírus desconhecido que assolava todo mundo e ceifava vidas de todas as idades e gêneros, os profissionais da saúde também passavam por situações de violência generalizada.
Segundo a pesquisa, foram registrados 1.172 ataques a equipes médicas em 2020, desde espancamentos, apedrejamentos, sequestros e etc. Desse total, cerca de 400 incidentes violentos foram diretamente ligados à pandemia do coronavírus.
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Christina Wille, diretora da organização responsável pelo estudo, afirma que certamente foram muitos mais de 400 casos ligados à Covid-19, pois a pesquisa buscou aqueles que foram relatados a órgãos responsáveis, mas, sem dúvidas, existem milhares de casos de violência sem nenhum registro oficial.
Wille destacou dois casos marcantes de violência contra profissionais da saúde. Um deles na Índia, onde empregados da área médica foram apedrejados por membros da comunidade enquanto participavam do velório de um colega que havia falecido em decorrência da contaminação pelo vírus. Já o segundo caso aconteceu na Nigéria, onde duas enfermeiras foram violentamente atacadas pela família de um paciente com coronavírus que havia morrido.
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Pesquisadores apontaram que muitos casos de violência foram cometidos por forças oficias dos governos. Como exemplo, Wille citou que na Índia policiais espancaram dois médicos que estavam voltando do plantão com a desculpa de que os profissionais da saúde eram os responsáveis pela disseminação da Covid-19.
Segundo o estudo, toda essa violência aconteceu nos meses iniciais da pandemia, quando a incerteza ainda era muito grande e as taxas de medo e ansiedade levavam as pessoas a cometerem ações inimagináveis.
Via: The New York Times
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