Os casos de furto de cabos de rede de telecomunicações para extração de fios de cobre causaram falhas ou interrupções dos serviços de internet, telefonia e TV por assinatura de mais de 6,6 milhões de pessoas em 2020. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (24) em um relatório do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel, Celular e Pessoal, a Conexis.
Os números representam um aumento de 34% no número de clientes afetados em comparação com os dados de 2019, quando cerca de 5 milhões de clientes sofreram com interrupções de serviço em decorrência de roubo de fios. Segundo a Conexis, foram nada menos do que 4,6 milhões de metros de cabos furtados, um aumento de 16% em relação ao que foi registrado em 2019.
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A quantidade de fios roubados foi suficiente para cobrir, em linha reta, uma distância correspondente aos dois extremos do Brasil, indo da cidade de Oiapoque (AP), no extremo norte do país, até o município de Chuí (RS), na fronteira com o Uruguai. E ainda sobraria o suficiente para ir da capital do estado de São Paulo até a capital mineira, Belo Horizonte. Neste mesmo período, o número de ocorrências também subiu, indo de 94 mil para 96 mil.
O levantamento
A Conexis, que é a entidade que representa as principais operadoras de telefonia e internet do país, realiza levantamentos anuais para investigações relacionadas ao roubo de cabos para extração de fios de cobre, que têm um alto valor de compra em estabelecimentos como os chamados “ferro velhos”, muito comuns em cidades pequenas e nas periferia de grandes centros urbanos.
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O furto desses equipamentos causa um grande dano para o setor telecomunicações e um prejuízo direto ao consumidor, já que, como é necessária a realização de um novo cabeamento para substituir os cabos que foram subtraídos, o restabelecimento do serviço acaba sendo mais demorado. Além disso, serviços como polícia, bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), também acabam sendo prejudicados.
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