Na sexta-feira passada (19), Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, afirmou que a retenção de vacinas contra a Covid-19 não era necessária, já que o ritmo de entrega permitia a reposição de estoques. Nesta quarta-feira (24), porém, o órgão mudou a orientação: devem-se reservar vacinas do novo lote da CoronaVac para a aplicação da segunda dose contra a Covid-19. A recomendação diz respeito a 1,2 milhão de unidades de imunizante que serão distribuídas até o começo de março.
Prefeitos e governadores aguardavam uma confirmação da orientação de sexta-feira, mas a área técnica do ministério não quis validar o anúncio. Isso porque existe a possibilidade de que o novo lote da CoronaVac não chegue em tempo. “Tendo em vista o intervalo entre as doses (2 a 4 semanas) e considerando que ainda não há um fluxo de produção regular, orienta-se que a segunda dose seja reservada para garantir que o esquema vacinal seja completado nesse período, para evitar prejuízo às ações de vacinação”, diz informe divulgado na terça-feira (23).
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Covishield a caminho
Além do novo lote de CoronaVac, serão distribuídas também 2 milhões de doses da Covishield, produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido. Essas unidades são referentes à primeira aplicação contra a Covid-19.
Nesse caso, o intervalo entre as doses pode ser de até três meses. “O quantitativo correspondente à segunda dose será distribuído aos Estados em prazo oportuno a fim de completar o esquema vacinal”, acrescenta o documento.
O ministério afirma, ainda, que pessoas de 85 a 89 anos, de 80 a 84 anos, 3.837 indígenas e 8% dos trabalhadores de saúde terão prioridade. Apesar da distribuição dos novos lotes de CoronaVac e Covishield no país, a única vacina contra a Covid-19 que recebeu registro definitivo para uso no Brasil é a Pfizer. O imunizante foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na terça-feira (23).
Via: UOL e Ministério da Saúde