Com a pandemia do coronavírus, muitos cargos de trabalho foram extintos em diversas empresas. Pensando em diminuir o desemprego nos EUA, o presidente Donald Trump suspendeu a emissão de vistos de trabalho no país até o fim de 2020. Agora, empresas do setor de tecnologia, como Apple, Facebook, Microsoft, Twitter e outras 48, se posicionaram contra à medida.
No anúncio da proibição, o presidente americano afirmou que manter a concessão dos vistos “representa uma ameaça significativa às oportunidades de emprego para os americanos afetados pelas extraordinárias perturbações econômicas causadas pelo surto de Covid-19”. Segundo Trump, a medida foi feita para que os americanos desempregados não tivessem que competir com estrangeiros pelos empregos escassos.
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Agora, as empresas de tecnologia assinaram um documento discordando da medida. Segundo elas, a suspensão dos vistos “prejudica fundamentalmente os interesses dos EUA ao sufocar a capacidade das empresas americanas de atrair os melhores talentos do mundo, impulsionar a inovação e aumentar a prosperidade econômica americana”.
Além disso, elas disseram ter entrado com uma petição que pode, “em última análise, prejudicar os trabalhadores, as empresas e a economia dos EUA de maneira irreparável”.
Medida foi anunciada em junho e é valida até o final de 2020. Foto: White House/Tia Dufour
Esta não é a primeira vez que a indústria de tecnologia apoia esforços para combater a proibição de vistos do governo. Em julho, várias gigantes do setor, como Facebook, Google e Microsoft, entraram com um processo contra a regra que forçava estudantes estrangeiros a deixar o país caso suas universidades adotassem aulas online exclusivamente.
No caso atual, além de Apple, Facebook, Microsoft e Twitter, HP, Intel, Dropbox, Netflix, GitHub, PayPal, Reddit e Uber também assinaram o protesto.
Tecnologia sustenta economia dos EUA
O Conselho da Indústria e Tecnologia dos Estados Unidos (ITI) divulgou na última quinta-feira (6) um relatório com dados atuais sobre o crescimento do setor de tecnologia no país, com destaque para a expansão fora dos grandes polos tecnológicos, como Califórnia e Nova York.
No Alabama, as startups representam 16% dos empregos no estado. Em Vermont, as exportações de produtos de tecnologia representam 5,5% da economia, que é uma das regiões que mais geram renda no país. “Há demanda por trabalhadores qualificados, há demanda por financiamento coletivo e até mesmo por startups de alta tecnologia em vários estados do país, não apenas nos estados que possuem os polos tecnológicos” disse o presidente e CEO do ITI, Jason Oxman.
Via: Engadget