A Fiocruz divulgou na última quinta-feira (9) o mais recente Boletim Infogripe, que indica uma tendência de alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil para todas as faixas etárias abaixo dos 60 anos de idade.
O crescimento não é apenas por conta da Covid-19. Em estados como Rio de Janeiro, por exemplo, já são registrados casos de SRAG por conta do surto de Influenza A. Já entre crianças com menos de 10 anos, o predomínio é do vírus sincicial respiratório (VSR).
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“Nas faixas etárias entre 30 e 59 anos o crescimento é relativamente leve, porém consistente, reforçando a necessidade de cuidados”, destaca o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Nenhuma das 118 macrorregiões de saúde apresenta indícios de síndrome respiratória extremamente alta. Desse total, apenas 9, localizadas em Minas Gerais, Pará, Paraná e São Paulo, apresentam nível muito alto.
Síndrome respiratória em alta
“Na série temporal consolidada da incidência de casos e óbitos de SRAG por Covid-19 observa-se que, com o avanço da cobertura vacinal na população adulta, as faixas etárias de 60 anos ou mais (60-69, 70-79 e 80 anos ou mais) voltaram a ser os grupos com maior incidência semanal de casos e óbitos por SRAG com resultado de RT-PCR positivo para Sars-CoV-2”, pontua Gomes.
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No geral, apenas o Rio de Janeiro aponta crescimento de casos de síndrome respiratória aguda grave em adultos que não são por Covid-19, e sim pela Influenza A. Nos outros estados, a Covid-19 segue predominante. “Diferentemente do apontado em atualizações anteriores, embora em muitos estados ainda seja um crescimento lento, os dados por faixa etária sugerem se tratar de um crescimento sustentado e recomenda-se reavaliação das medidas de prevenção da transmissão de vírus respiratórios, especialmente em relação aos eventos de final de ano para evitar agravamento do cenário epidemiológico”, finaliza o especialista.
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