Ingerir multivitaminas, ômega-3, probióticos ou suplementos de vitamina D pode diminuir as chances de testar positivo para Covid-19. Um estudo publicado na revista BMJ Nutrition Prevention & Health indica que o risco diminui mais ainda entre as mulheres. Vale ressaltar, no entanto, que suplementos de vitamina C, zinco ou alho não foram associados ao resultado do estudo.
Desde o início da pandemia, personalidades públicas e criadores de conteúdo divulgaram o uso de suplementos dietéticos para evitar e tratar a doença.
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Apenas no Reino Unido, a participação do mercado aumentou 19,5% no começo do ano passado, com as vendas de vitamina C crescendo 110%, enquanto as de multivits subiram para 93%. Assim como as vendas de suplemento de zinco aumentaram 415% na primeira semana de março de 2020 nos Estados Unidos.

Por mais que suplementos dietéticos possam ajudar a manter o sistema imunológico saudável, não foi confirmado pelas autoridades competentes da saúde se isso pode estar associado a um risco menor de contrair Covid-19.
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Para descobrir se as multivitaminas, o ômega-3, os probióticos e os suplementos de vitamina D ajudam na prevenção do coronavírus, os pesquisadores analisaram as informações fornecidas por 372.720 adultos no Reino Unido nos meses de maio, junho e julho de 2020.
Entre maio e julho, 175.652 pessoas tomaram suplementos dietéticos regularmente, enquanto 197.068 não. Cerca de 67% eram mulheres e mais da metade tinha excesso de peso. No total, 23.521 pessoas testaram positivo para a Covid-29 e 349.199 testaram negativo entre maio e julho.
Portanto, os medicamentos foram associados a um menor risco de infecção. Depois de contabilizar fatores influentes, como condições subjacentes e dieta habitual, nenhum dos efeitos foi observado entre quem toma suplementos de vitamina C, zinco ou alho.
“Até o momento, porém, há poucas evidências convincentes de que tomar suplementos nutricionais tenha qualquer valor terapêutico além de manter a resposta imunológica normal do corpo”, comentou o professor Sumantra Ray, diretor executivo do NNEdPro Global Center for Nutrition and Health, co-proprietário da revista.
Fonte: BMJ
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