A baixa adesão de idosos à aplicação da segunda dose das vacinas contra a Covid-19 fez com que algumas prefeituras do interior do estado de São Paulo, como do município de Ourinhos, tenham que tomar medidas um tanto curiosas para encontrar os pacientes, como buscá-los em casa.
Isso acontece porque em algumas dessas cidades o número de pessoas que tomaram a primeira dose, mas não foram receber a segunda dentro do prazo estipulado chegou a mais de 25%. Lembrando que os dois imunizantes utilizados no Brasil precisam ser aplicados em duas doses.
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Para a Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, o intervalo entre uma dose e outra é de 28 dias, já para a Covishield, desenvolvida pela Universidade de Oxford, o intervalo é de em torno de 40 dias.
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Sem que as duas doses sejam aplicadas, a vacina perde seu grau de eficácia e, ainda passa uma falsa sensação de segurança aos pacientes. Para tentar aumentar os índices de comparecimento para aplicação da dose de reforço, foi necessário fazer um trabalho de detetive.
Em um primeiro momento, funcionários entram em contato com os idosos por telefone e, caso seja necessário, vão até suas residências para conseguir contato e, finalmente, aplicar a segunda dose nos idosos.
Após começarem a “caçar” idosos pela cidade, o índice de ausência em Ourinhos caiu 14 pontos percentuais, partindo de 26% para 12%, de acordo com o secretário de Saúde da cidade, Donay Neto. Segundo ele, os motivos para o não comparecimento variam bastante.
As razões vão desde a dificuldade em levar os idosos com problemas de locomoção até uma Unidade Básica de Saúde, passam por uma confusão em pensar que uma dose é suficiente e até mesmo um certo desinteresse dos pacientes em buscar o reforço.
O Governo do Estado de São Paulo informa por meio de SMS as datas para aplicação da primeira e também da segunda dose para os cadastrados no sistema Vacina Já. Porém, a responsabilidade de aplicar o imunizante e buscar os ausentes fica por conta das prefeituras.
Com informações de O Estado de S. Paulo
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