Ao comparar a taxa de vacinação contra a Covid-19 da população brasileira com a dos militares, foi possível comprovar que a taxa de membros imunizados do Exército, Aeronáutica e Marinha é menor que a da população adulta em geral.
Os dados foram coletados pelo jornal Folha de S.Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e a comparação utilizou informações do consórcio de veículos de imprensa que se baseia em dados das secretarias de Saúde de todo país.
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A reportagem produzida pela Folha aponta que, em termos proporcionais, há menos militares vacinados com as duas doses do que a população adulta em geral.
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No caso do Exército, até 24/01/2022, cerca de 68% dos militares da ativa haviam sido completamente vacinados contra a Covid-19. Enquanto a proporção da população adulta em geral imunizada com o primeiro ciclo na mesma data era de 91,7%.
Já na Aeronáutica, foram contabilizados 89,4% dos militares da ativa vacinados com as duas doses até 17/02/2022. Enquanto a taxa da população adulta em geral, na mesma data, atingia cerca de 94,8%.
A Marinha não possui um controle da taxa de militares da ativa que se imunizaram contra a Covid-19.
Diferentemente das outras Forças, o Exército foi o único que teve diretrizes apontadas pelo comandante geral, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, em relação a vacinação. “Avaliar o retorno às atividades presenciais dos militares e dos servidores, desde que respeitado o período de 15 dias após imunização contra a Covid-19. Os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do DGP [Departamento Geral do Pessoal], para adoção de procedimentos específicos”, diz o documento.
Até a data da coleta dos dados, haviam 67,5 mil integrantes do Exército sem o primeiro ciclo vacinal completo. Desses, cerca de 21,1 mil não tomaram nem mesmo a primeira dose, ou seja, 10% dos militares da ativa não se imunizaram. No caso da Força Aérea, cerca de 16 mil militares não haviam completado o ciclo de vacinação.
A imunização contra a Covid-19 não é obrigatória nas Forças Armadas, mas vacinas contra a febre amarela, tétano, hepatite B e outras doenças fazem parte do calendário de vacinação militar definido pelo Ministério da Defesa.
O que dizem as Forças Armadas?
“Não há termo de responsabilidade para militares que não desejam se vacinar. A vacinação no Exército segue o Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, no que concerne às regras”, explicou o Exército.
“Desde o início da pandemia, a FAB adotou todas as diretrizes e recomendações do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais de Saúde a fim de orientar o seu efetivo militar, servidores civis, dependentes e pensionistas nas medidas de prevenção e proteção contra a ameaça representada pela Covid-19″, aponta a Aeronáutica.
“Os militares da Marinha, como fração da sociedade brasileira, vêm cumprindo a referida vacinação, de maneira voluntária, em conformidade com o cronograma estabelecido pelas autoridades sanitárias do país”, disse a Marinha.
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