Quem resolver visitar o Castelo de Bran, na cidade romena de mesmo nome, conhecido como “Castelo do Drácula”, poderá levar uma espetada: e não se trata da mordida de nenhum vampiro, mas, sim, de uma injeção com a vacina da Pfizer contra a Covid-19.
Isso porque um centro de vacinação foi disponibilizado nas instalações do castelo, que fica nas proximidades da lendária Transilvânia. E, para a ação ficar ainda mais característica, os profissionais da saúde que estão aplicando as vacinas têm adesivos de presas nos uniformes. A estratégia faz parte do conjunto de ações do governo local para incentivar os romenos a se vacinarem, relata reportagem da BBC.
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Segundo informações do governo do país, a meta é vacinar 10 milhões de pessoas até setembro, mas quase metade da população não pretende ser imunizada. Esse é um dos maiores níveis de hesitação na Europa, de acordo com uma pesquisa da Globosec, organização não governamental com sede na Eslováquia. A Romênia registrou pouco mais de um milhão de casos desde o início da pandemia e cerca de 29 mil mortes.
Ponto turístico teve movimento diminuído com a pandemia
Atualmente, o castelo sedia um museu aberto ao público, exibindo peças de arte e mobiliário da Idade Média. A crença popular diz que o local teria hospedado o príncipe romeno do século 15, Vlad Tepes, conhecido como “Vlad, o Empalador”, em quem Drácula foi inspirado. As visitas podem ser livres ou guiadas.
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Assim como todos os pontos turísticos ao redor do globo, o Castelo de Bran teve o número de visitas significativamente reduzido em razão da pandemia. A administração do local acredita que fazer parte do programa de ações de combate à doença ajudará a reverter a situação.
Durante todos os fins de semana de maio, qualquer pessoa pode comparecer, sem hora marcada, para receber uma injeção. E, assim, receberá entrada gratuita para a exibição de 52 instrumentos de tortura medievais no castelo, além de ganhar um certificado que destaca sua “coragem e responsabilidade”, sob o título “vacinado no Castelo de Bran”.
De acordo com o diretor de marketing do castelo, Alexandru Priscu, a intenção do passe-livre à exposição dos instrumentos de tortura usados na Idade Média tem o objetivo de mostrar como as pessoas eram “furadas” há mais de 500 ou 600 anos na Europa. Aí, propõe-se a reflexão: o que é uma picadinha de agulha, que pode salvar sua vida, em comparação aos métodos sangrentos de tortura que marcaram a época?
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