Nesta quinta-feira (25), conforme noticiado pelo Olhar Digital, uma nova variante da Covid-19, com quantidade “extremamente alta” de mutações, foi confirmada no continente africano.
Em uma série de tweets acompanhados de diagramas, o cientista de bioinformática Túlio de Oliveira, diretor do Centro de Resposta a Epidemias e Inovação (CERI) e professor da Universidade de Stellenbosch, na África do Sul, fez um apelo a bilionários e instituições financeiras de todo o mundo para que ajudem os países africanos no controle e extinção da nova cepa.
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“Eu gostaria de apelar a todos os bilionários deste mundo Elon Musk, Bill Gates, Jeff Bezos, Pat Soon-Shiong, Warren Buffett para apoiar a África e a África do Sul financeiramente para controlar e extinguir variantes! Ao proteger sua população pobre e oprimida, protegeremos o mundo”, diz um dos posts de Oliveira.
Brasileiro, formado em biotecnologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Oliveira afirma que “o mundo deve fornecer apoio à África do Sul e à África e não discriminá-los ou isolá-los”. Para ele, ao proteger e apoiar os povos africanos, “protegeremos o mundo”.
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“Temos sido muito transparentes com as informações científicas”, declarou o cientista. “Identificamos, tornamos os dados públicos e alertamos, pois as infecções estão aumentando. Fizemos isso para proteger nosso país e o mundo, apesar de sofrermos potencialmente uma discriminação massiva”.
Ele destaca que a nova variante, identificada como B.1.1.529, é realmente preocupante no nível mutacional. “A África do Sul e a África precisarão de apoio (financeiro, de saúde pública, científico) para controlá-la para que não se espalhe pelo mundo. Nossa população pobre e carente não pode ficar presa sem apoio financeiro”.
Segundo Oliveira, o CERI está trabalhando “o tempo todo” para entender os efeitos em termos de transmissibilidade, resposta a vacinas, reinfecção, gravidade da doença e diagnósticos. “Temos financiamento para ciência, mas a África do Sul e a África precisam de ajuda financeira para sustentar sua população carente e seu sistema de saúde”, explica.
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