Um ciberataque direcionado à Pfizer e à BioNTech concedeu a um grupo hacker o acesso ilegal a documentos da vacina que as empresas estão desenvolvendo contra a Covid-19. Segundo comunicado das duas companhias, o assunto foi divulgado por elas em nome do interesse público que gira ao redor do assunto.
O ataque teve como alvo um servidor das Agências Europeias de Medicina (EMAs) e conseguiu abrir documentos relacionados aos pedidos de aprovação da vacina em órgãos europeus de saúde.
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Uma investigação já foi iniciada para identificar e punir os responsáveis pelo ciberataque, porém, ainda não se sabe quais exatamente foram os documentos acessados, nem como se deu a invasão.
“É importante ressaltar que nenhum dos sistemas da Pfizer ou da BioNTech foram comprometidos em relação com este incidente, e nós ainda não fomos informados de nenhum participante do estudo tendo seus dados identificados neste acesso”, disse a BioNTech, em nota.
“A EMA nos assegurou de que o ciberataque não trará nenhum impacto na expectativa de avaliação da vacina”, continuou o laboratório alemão. A EMA é o órgão responsável por aprovar a comercialização de medicações por toda a União Europeia.
Atualmente, a autoridade está em processo de análise para a aprovação de dois imunizantes – um é o da Pfizer-BioNTech, e o outro pertence à Moderna. Ainda não se sabe se este último também foi impactado pelo ciberataque.
Vacina sob ataque?
Na última semana, pesquisadores de segurança a serviço da IBM alertaram que hackers também estavam tentando atacar sistemas posicionados na cadeia de armazenamento de transportes refrigerados das vacinas. Eles ainda levantaram a possibilidade de que o governo de algum país estivesse por trás dos ataques.
Vale lembrar que a vacina da Pfizer-BioNTech requer refrigeração a -70º C de temperatura, o que a torna um alvo preferencial para esse tipo de ação.
Em outro caso, especialistas norte-americanos afirmaram, em julho, que hackers ligados ao governo russo estariam tentando roubar informações relacionadas à pesquisa da vacina contra o novo coronavírus nos EUA, Canadá e Reino Unido. O Kremlin negou as acusações.
Fonte: CNBC