Uma equipe de cientistas usou um truque arrojado de física para estudar uma galáxia que está distante demais para ser observada. Os pesquisadores exploraram os efeitos gravitacionais de um aglomerado de galáxias localizado um pouco mais perto da Terra, como uma espécie de “lente de aumento para o universo”, para, assim, conseguir estudar a que estava mais distante.
A intenção dos cientistas era estudar a galáxia CSWA128, que fica há quase 11 bilhões de anos-luz de distância da Terra. Por conta dessa distância tão grande, nem mesmo nossos telescópios mais poderosos são capazes de fazer com que essa galáxia se pareça com algo além de um borrão pálido, como um carro na mão oposta jogando o farol alto na nossa cara em uma estrada.
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Para tentar resolver essa questão, a equipe de cientistas liderada por Soniya Sharma, do Goddard Space Flight Center, da Nasa, usou uma galáxia, localizada em um ponto menos distante do universo, como uma espécie de lente de aumento para estudar a CSWA128 de uma forma bem mais detalhada.
Conhecimento antigo
A técnica usada pelos cientistas, chamada de lente gravitacional, não é exatamente nova, tendo sido teorizada por ninguém menos do que Albert Einstein como parte de sua teoria da relatividade geral, proposta em 1915. Desde então, tornou- se uma relevante ferramenta de trabalho para astrônomos que têm a intenção de estudar detalhadamente áreas que estejam em pontos distantes do universo.
O aglomerado de galáxias usado como lente pela equipe de Sharma fica a cerca de 3,3 bilhões de anos-luz de distância da Terra. Ele é tão grande, que sua gravidade chega a curvar a luz, transformando-a em uma espécie de lente de aumento. Esse efeito faz com que a CSWA128, que está 7 bilhões de anos-luz mais distante, se torne maior do que seria da Terra.
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De acordo com Sharma, usando essa técnica, os cientistas fizeram com que a galáxia ficasse mais ou menos 10 vezes maior, permitindo aos pesquisadores ver as luzes brilhantes em aglomerados, que são sinais reveladores de um berçário de estrelas, o que significa que algumas partes da galáxia estão criando novas estrelas.
Algoritmo inovador
No entanto, há uma novidade na forma como Sharma e sua equipe conseguiram resolver algumas imagens, que chegaram distorcidas e deformadas, para conseguir usá-las em suas análises. Assim como em uma câmera, a imagem ampliada chegou um pouco distorcida, além disso, o que estava sendo observado estava a 11 bilhões de anos-luz.
Por conta disso, a quantidade de ruídos bloqueando o sinal é bem considerável. Por isso, os pesquisadores precisaram desenvolver um algoritmo para refinar as imagens recebidas e conseguirem usá-las para ver o que estava acontecendo no interior da CSWA128 em um nível maior de detalhe.
Com informações do Futurism
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