A pandemia da Covid-19 afetou substancialmente a relação dos fumantes com o cigarro e mudou bastante o consumo de tabaco. Enquanto algumas pessoas passaram a fumar mais para conseguirem lidar com o isolamento causado por medidas de isolamento social adotadas em diversos locais ao redor do mundo, outros abandonaram o tabagismo para diminuir sua vulnerabilidade à Covid-19.
Esses dados são resultado de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Vanderbilt, em Nashville, e da Universidade de Pittsburgh, ambas nos Estados Unidos. “Estudos mostraram que o uso de álcool e opióides aumentou durante a pandemia, mas pouco se sabe sobre como os fumantes responderam”, disse a autora principal da pesquisa, Nancy Rigotti, ao Medical Xpress.
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A equipe de Rigotti analisou as respostas de 694 pessoas, entre fumantes e ex-fumantes diários, com idade média de 53 anos. Todos eles haviam sido hospitalizados antes da pandemia e participado de um outro estudo sobre tabagismo. Para 68% dos entrevistados, fumar aumenta o risco de contrair Covid-19 ou de ter um caso mais grave da doença. Porém, 32% dos entrevistados aumentaram o consumo de cigarros durante a pandemia mesmo acreditando ser arriscado.
Muitos pararam
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37% diminuíram o número de cigarros ou pararam totalmente de fumar, outros 31% continuaram fumando, mas não notaram alterações no volume de consumo. Entre as pessoas que afirmaram ter passado a fumar mais, a motivação foi o aumento nos níveis de estresse, enquanto os que largaram o vício alegaram o risco de contrair Covid-19 e terem casos mais graves da doença.
“Mesmo antes da pandemia, o tabagismo era a principal causa de morte evitável nos Estados Unidos. A Covid-19 deu aos fumantes mais uma boa razão para parar de fumar”, disse Rigotti. “Médicos, sistemas de saúde e agências de saúde pública têm a oportunidade de educar os fumantes sobre sua vulnerabilidade especial ao Covid-19 e convencê-los a usar esse tempo para parar de fumar”.
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