Segundo estudo da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, o isolamento social causado pela pandemia de coronavírus provocou, em média, uma queda de 17% nas emissões diárias de carbono no mundo. A última vez que os níveis registrados foram tão baixos foi em 2006.
“O confinamento populacional levou a mudanças drásticas no uso de energia e nas emissões de CO2 (dióxido de carbono)”, contou Corinne Le Quéré, professora da Universidade de East Anglia e principal autora do artigo publicado na revista científica Nature Climate Change.
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De acordo com o levantamento, as regiões que mais apresentaram queda nas emissões são China, Estados Unidos e Europa. A mudança é tão considerável que colocou diferentes nações do mundo no caminho para alcançar os objetivos climáticos estipulados no Acordo de Paris, em 2015. O tratado, assinado por 195 países, prevê metas para minimizar as consequências do aquecimento global.
Contudo, para os cientistas que conduziram o estudo, a queda não deve permanecer no período pós-coronavírus. “É provável que essas diminuições extremas sejam temporárias, pois não refletem mudanças estruturais nos sistemas econômico, de transporte ou de energia”, explicou Le Quéré. “Até que ponto os líderes mundiais consideram as mudanças climáticas ao planejar suas respostas econômicas depois da Covid-19 influenciará os caminhos globais de emissão de CO2 nas próximas décadas”, completou.
Para manter os níveis alcançados, Le Quéré indica que os líderes municipais dos países devem incentivar a locomoção por caminhada, bicicleta e outros veículos individuais elétricos desde agora, afinal, “eles preservam o distanciamento social“.
Via: Futurism