Hospitais de Alagoas estão usando uma tecnologia que está sendo chamada de “UTI virtual”, já que se trata de uma Unidade de Terapia Intensiva em que médicos veteranos orientam colegas remotamente, por videoconferência, durante o atendimento a pacientes com o novo coronavírus.
A primeira unidade no estado começou a funcionar na última quarta-feira (27) com seis profissionais de várias especialidades. O serviço da UTI virtual “estreou” no Hospital da Mulher, em Maceió, que tem hoje uma unidade com 40 leitos exclusivos para tratamento de Covid-19.
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Para que tudo funcione sem problemas, foi montada uma sala com vários recursos tecnológicos, onde os médicos podem debater com profissionais de outros hospitais.
Ricardo César Cavalcanti, vice-presidente da Fundação Cordial (entidade filantrópica ligada ao Hospital do Coração de Alagoas) e idealizador do projeto, afirmou: “Essa interface é para que eles debatam as melhores condutas. Teremos transmissão de som e imagem de alta qualidade por meio de um software, onde vamos poder ver exames em alta resolução, como uma tomografia. Tudo fica disponível no nosso painel”.
Foto: Hospital do Coração de Alagoas
“Muitos profissionais de Alagoas que estão em UTI não têm tanta experiência. Essa UTI virtual propõe dar ao médico essa assistência à beira leito, passando segurança e compartilhando informações com profissionais experientes em várias áreas e com gabarito para propor tratamento”, disse a diretora do hospital, a infectologista Sarah Dominique.
O regime de plantão da UTI virtual será de 12 horas por dia: das 07h às 19h. As equipes são compostas por quatro médicos – um intensivista, um cardiologista, um infectologista e um pneumologista – um enfermeiro e um fisioterapeuta.
Cavalcante afirma que uma das ideias da UTI virtual é fazer a chamada visita horizontal, que ocorrerá diariamente: “É preciso que o médico não acompanhe o paciente apenas no dia de plantão, mas veja na segunda, na terça, na quarta… Isso dá um controle maior, e a visão da evolução ajuda muito”.
“Nós ainda temos outros profissionais em especialidades como as neurológicas, por exemplo, que podem ser acionados em caso de dúvidas, mas eles não ficam no plantão”, completa o vice-presidente da Fundação Cordial.
A ideia de usar a tecnologia nasceu há pelo menos três anos, mas o período de pandemia de Covid-19 pareceu o momento ideal para colocá-la em prática.
Via: UOL