A líder técnica de Covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria van Kerkhove, declarou na última terça-feira (1) que o mundo está enfrentando um aumento de mortes causadas pela variante Ômicron do SARS-CoV-2.
Kerkhove alertou em uma entrevista coletiva virtual que diversos países ainda não atingiram o pico de casos provocados pela nova cepa e pediu que as nações tomem mais cuidado com as medidas de relaxamento das restrições.
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A responsável técnica alertou que as vacinas devem ser usadas no combate a Covid-19, mas não se pode esquecer de outras medidas essenciais, como distanciamento social, higienização frequente das mãos e uso correto das máscaras de proteção.
Ao ser questionada sobre a diminuição do período de isolamento para infectados em diversos países, Kerkhove não definiu uma data mínima para quarentena, apenas afirmou que os países estão buscando um equilíbrio entre a redução das transmissões e funcionamento dos serviços.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, revelou que está preocupado com a abordagem de diversos países em relação a variante Ômicron, afirmando que a cepa é mais transmissível e menos severa e que impedir sua disseminação seria impossível.
“Nada pode estar mais longe da verdade” apontou Adhanom sobre este discurso. O chefe do órgão de saúde alertou a todos que “mais transmissão significa mais mortes”, independentemente da abordagem de combate escolhida. O diretor-geral da OMS afirmou que não está pedindo por lockdowns, mas que todos os instrumentos de defesa sejam utilizados, não “apenas as vacinas”.
Segundo o órgão mundial, a variante Ômicron foi identificada há cerca de 10 semanas e já é a responsável por mais de 90 milhões de casos, o que seria mais do que todos os diagnósticos positivos relatados durante o ano de 2020.
Adhanom informou que a OMS acompanha quatro variante de interesse, entre elas o subtipo BA.2 da Ômicron. A autoridade pediu ainda que os países sigam monitorando e sequenciando novas cepas do SARS-CoV-2.
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