Nesta quarta-feira (3), o governador do Estado de São Paulo, João Doria, anunciou novas diretrizes para o Plano São Paulo. A partir das 0h de sábado (6), todas as regiões do Estado entram na fase vermelha, em que só podem funcionar atividades essenciais. A medida deve ficar em vigor por, no mínimo, 14 dias — a evolução das curvas de infecções, óbitos e internações por Covid-19 é que vai determinar o tempo de duração das restrições.
Estão classificadas como atividades essenciais as escolas, as igrejas (incluídas na lista há poucos dias), as unidades de saúde e o comércio fundamental, como farmácias, mercados e padarias, entre outros. O funcionamento de restaurantes e bares fica novamente restrito.
publicidade
A adoção da medida considera a projeção do governo paulista de que a rede de saúde pode entrar em colapso em 15 de março se não houver ações de contenção. Atualmente, 75,3% das vagas em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Estado estão ocupadas. Cerca de 100 pacientes são internados em UTIs diariamente. Na Grande São Paulo, o índice é de 76,7%.
O distanciamento social, monitorado a partir dos celulares dos cidadãos, está em 39% — especialistas apontam que pelo menos 60% são necessários para a contenção da disseminação da Covid-19. Até o momento, foram registradas 60.381 mortes e 2.068.616 casos confirmados no Estado.
Na terça-feira (2), o Estado registrou 468 mortes pela doença em 24 horas, um recorde desde o início da pandemia. No mesmo dia, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, sugeriu que o lockdown fosse adotado em todos os municípios paulistas para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. A declaração veio no dia em que o Brasil registrou o maior número de mortes por Covid-19 em quase um ano: foram 1.726 vítimas fatais.