De acordo com informações do Wall Street Journal, os EUA começaram a usar dados de localização anônimos de telefones celulares para estudar a propagação do novo coronavírus. Esses dados são considerados anônimos, pois não contém informações sensíveis como nome e idade dos indivíduos.
Fontes ligadas diretamente ao projeto informam que o governo norte-americano e o Centro de Controle de Doenças (CDC) já começaram a receber relatórios contendo informações sobre os locais em que as pessoas mais se reúnem, mesmo com as recomendações de isolamento social.
publicidade
O objetivo desta ação é o de encontrar os locais que mais atraem multidões e que, consequentemente, podem ser focos de propagação do vírus. Um exemplo citado é o de um parque, localizado no Brooklyn, chamado de Prospect Park.
O Wall Street Journal não especifica como o governo está coletando esses dados, apesar de revelar que são oriundos de anúncios. É bastante provável que algum aplicativo esteja ajudando com isso. No começo deste mês, os EUA estavam em negociação com grandes empresas de tecnologia, incluindo Google e Facebook, para criar uma ferramenta semelhante. No entanto, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, negou isso.
Coleta de informações
Os EUA não são o único país a usar dados desse tipo para estudar a propagação do novo coronavírus. Alemanha, Itália e o Reino Unido são alguns exemplos de locais que implantaram ou estudam a implantação de sistemas semelhantes. No entanto, enquanto esses países coletam os dados a partir de acordos fechados com empresas de telecomunicação local, os EUA utilizam o setor de publicidade para realizar o mesmo procedimento.
A criação de ferramentas para rastreamento dos usuários atraiu a atenção de especialistas de privacidade, que criticaram as medidas. O pesquisador de segurança Sam Woodhams aponta que, após a pandemia passar, os governos podem continuar usando os sistemas. “Embora alguns possam parecer inteiramente legítimos, muitos representam um risco para o direito dos cidadãos à privacidade e liberdade de expressão”, comenta.
Via: Business Insider