Projetar a evolução do número de casos de Covid-19 pode ser crucial para controlar a pandemia e um grupo de cientistas pode estar conseguindo fazer isso na África. Uma ferramenta de vigilância é capaz de criar uma base de dados para prever como vai estar a situação da doença em cada país do continente.
Steven Schiff, Professor de Engenharia da Universidade Penn State, na Pennsylvania, Estados Unidos, começou a aplicar o sistema que criou para rastrear doenças virais em 2020, quando o primeiro caso de Covid-19 foi identificado no Egito, esse foi ainda a primeira vez que o diagnóstico positivo foi dado em um país da África.
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Covid-19 na África
Depois de mais de um ano de trabalho, os resultados da pesquisa foram publicados no o Proceedings of the National Academy of Sciences no final de junho. Para entender a evolução da pandemia, os cientistas se baseiam nos casos de outros países, na população do local, economia e planos de controle contra a proliferação do vírus.
“Quando a pandemia de Covid-19 começou, tínhamos essa equipe incomum de cientistas trabalhando arduamente para implementar o P3H na África e pensamos que podíamos contribuir muito para a luta contra esse novo vírus”, explicou Schiff.
“Você precisa de informações coletadas em tempo real sobre o vírus, como testes e bloqueios, bem como outros fatores que influenciam, como a segurança econômica variada de diferentes países e seus sistemas de saúde. Nossa estratégia sintetiza todos esses dados em toda a África para fazer projeções surpreendentemente boas do número esperado de casos com base em como esses fatores interagem e influenciam a transmissão de Covid na população”, completou ainda.
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“Em setembro e outubro de 2020, no auge dos casos Covid, o modelo projetava um aumento nos casos transfronteiriços, levando o governo a fechar nossa fronteira. Tivemos menos casos do que o projetado porque fomos capazes de mitigar uma fonte prevista que foi bem capturado no modelo”, disse ainda Abraham JB Muwanguzi, outro autor da pesquisa.
As projeções sobre a Covid-19 fornecidas pelo grupo para Uganda ajudaram o país da África a lidar com a pandemia, conseguindo adquirir mais suprimentos médicos e evitando uma maior sobrecarga hospitalar. Os próximos passos são expandir os métodos para outros países.
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