Pacientes portadores de autismo estão tento dificuldade a mais durante a pandemia da Covid-19. Isso porque os serviços de saúde estão sobrecarregados e muitas pessoas acabaram não conseguindo receber o atendimento devido.
Os resultados foram apontados em uma pesquisa do jornal online BMJ Open, que investigou a situação de pessoas com autismo durante a pandemia na Europa. A conclusão é que o grupo está tendo um aumento de mortes relacionadas aos problemas de saúde, além de problemas de comportamento e má qualidade de vida.
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Além disso, em muitos países, os portadores de autismo não estão inclusos nos grupos vulneráveis, então acabam não recebendo prioridade no atendimento médico. A pesquisa descobriu que em pelo menos 15 países da União Europeia o grupo teve dificuldade para conseguir fazer testes de Covid-19.
Apesar de estarem em alto risco de doença grave, se infectados com coronavírus, por causa de condições de saúde coexistentes, pessoas autistas não foram priorizadas para o teste Covid-19. Os pesquisadores afirmaram que que cerca de 5% a 25% desses pacientes vivem em casas de repouso, onde as taxas de transmissão foram altas na primeira onda da pandemia.
Os pesquisadores indicam que, três fatores contribuíram para o aumento de óbitos de pessoas com autismo. Primeiro: os pacientes não tiveram nenhum tipo de ajuda de acessibilidade aos testes. Basicamente para muitas dessas pessoas mudanças de rotina ou os métodos dos testes podem causar problemas devido a sensibilidade sensorial e autoridades de saúde não se esforçaram para evitar isso.
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Em segundo: a dificuldade de comunicação desses pacientes pode ter afetado na identificação de sintomas e por consequências nos tratamentos hospitalares. Em terceiro: os protocolos de unidades de terapia intensiva na Europa excluíram direta ou indiretamente as pessoas com autismo de tratamentos que salvavam vidas na pandemia da Covid-19.
Além de tudo isso, o acompanhamento de rotina com médicos e enfermeiros também ficou prejudicado. Os pesquisadores ainda afirmam que esse quadro tente a ser pior em países fora da Europa com estrutura de saúde mais precária.
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