Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde, se reuniu nesta sexta-feira (5) com representantes do laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, um imunizante contra a Covid-19. A intenção do órgão é adquirir 20 milhões de doses da fórmula.
A representante da farmacêutica no Brasil, a Precisa Medicamentos, foi informada pelo órgão que o contrato vai seguir agora para análise jurídica. “Pretendemos fazer a compra e a mais rápida distribuição no Brasil dessas vacinas importadas da índia”, explica Franco.
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Outro passo importante é a obtenção da autorização para uso emergencial e temporário da Covaxin no país. Para isso, o Bharat Biotech precisa enviar toda a documentação do imunizante para análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Quanto antes vier a aprovação, mais rápido podemos fazer o pagamento e iniciar a aplicação da vacina.”
O laboratório Bharat Biotech informa que tem condição de entregar 8 milhões de unidades de sua fórmula ainda em fevereiro – mas isso depende da data da assinatura do contrato. Para março, a empresa promete mais 12 milhões de doses da vacina.
A Precisa Medicamentos apresentou ao ministério um cronograma de entregas. Ele deve se iniciar 20 dias após a assinatura do contrato, quando chegarão ao Brasil 4 milhões de unidades de Covaxin. Em 30, 45, 60 e 70 dias serão enviadas quantidades iguais.
Simplificação de regras
O avanço nas negociações com a farmacêutica foi possível porque a Anvisa optou por simplificar o processo de autorização de uso emergencial e temporário de vacinas. Com isso, mesmo fórmulas que não fizeram testes de fase três em humanos no país podem pedir o registro.
A exigência dos testes tem um motivo: as populações de diferentes países podem ter características biológicas distintas que alterem os efeitos colaterais observados no uso de medicamentos. Diante da situação atual de emergência sanitária, entretanto, os técnicos da agência concluíram que é mais importante conter a disseminação da doença.