Sem contar a garantia de prevenção da população mundial, uma campanha de vacinação contra a Covid-19 poderá evitar perdas de trilhões de dólares para a economia global. No Brasil, minimizaria as perdas para R$ 33 bilhões, ante ao revés de R$ 489 bilhões em um cenário global sem o imunizante.
Além disso, uma campanha de vacinação bem-sucedida proveria um “novo fôlego” na recuperação de países em desenvolvimento. As constatações fazem parte de documentos internos usados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Na última semana, o conselho consultivo do órgão reuniu-se para aprovar as vacinas da Pfizer. No entanto, o encontro também serviu como palco para o debate do impacto que a vacinação terá na economia global.
No caso americano, a vacina contra a Covid-19 poderá economizar cerca de US$ 738 bilhões aos cofres públicos. O imunizante também evitará um rombo de pelo menos US$ 527 bilhões por perda de produtividade do trabalhador.
Impacto mundial
Com base nos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a entidade indicou que o crescimento econômico para 2021 poderá ser de 5,1% no mundo, em um cenário com a vacina. Caso contrário, a taxa de recuperação não passará de 2,1%.
Na prática, a vacina poderá evitar uma perda de US$ 3,4 trilhões para a economia global. O valor é quase equivalente ao dobro do PIB brasileiro — que atingiu US$ 1,8 trilhão em 2019.
Os países emergentes também sofreriam com um adiamento de uma imunização em massa, contabilizando um rombo de US$ 300 bilhões em 2021.
Vacina para todos
A ideia de a vacina ser a única alternativa para frear o número de óbitos no mundo e para recuperar a economia global parece ser unânime — com algumas exceções, é claro. Mas isso só funcionará se a imunização ocorrer em todas as regiões do planeta.
A economia global é interconectada, fazendo com que riscos de contaminações, lockdowns e interrupções de viagens decorrentes de países sem vacina interfiram na administração da economia na totalidade.
Se os países mais pobres não forem imunizados contra a Covid-19, a economia global continuará a sofrer perdas de US$ 153 bilhões por ano. As economias emergentes também terão prejuízos anuais, que podem alcançar a marca dos US$ 120 trilhões.
Via: Uol