O Fórum de Governadores enviou ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga solicitando apoio ao combate à variante Delta, a nova cepa descoberta na Índia. Os administradores estaduais colocaram no documento que uma preocupação é com a possível terceira onda da Covid-19, impulsionada por essa variante.
No documento, os governantes pedem vacinas adicionais ao Rio de Janeiro, um dos epicentros da disseminação da Delta. O quadro do estado é apontado não somente como ameaça à população mas também aos esforços nacionais de combate à pandemia.
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Na capital do estado, a cepa representa 45% de todos os diagnósticos de Covid-19. Por isso. no ofício, os governadores expressam “expectativa de que ações imediatas levadas a cabo por esse ministério sejam neste momento destinadas ao referido Estado, de modo a evitar uma catástrofe de proporções ainda mais graves no futuro próximo, caso o atual ritmo de transmissibilidade da variante Delta não seja contido em tempo hábil”.
Além disso, os governadores destacam que estudos indicam a variante Delta com taxas de transmissibilidade 100% maiores do que o vírus original e 30% acima da variante Gama.
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Fonte: Agência Brasil
Qual a preocupação da variante Delta?
Desde maio, a prefeitura de São Paulo tem intensificado estudos para monitorar o surgimento de novas variantes na cidade e há registros da variante Delta a todo momento. A preocupação se deve por conta que à medida que o vírus se multiplica, acaba mudando em uma velocidade maior ainda e com isso, gerando variantes.
“Cada variante o que chama atenção é o nível de transmissão”, explica Marcelo Simão, infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia. De acordo com ele, a transmissão da cepa original é de 2 a 3 pessoas, enquanto a variante Delta é de 6 a 7 pessoas.
Além disso, “a variante Delta é como se fosse um fenômeno gripal, com sintomas como dor de cabeça e mal estar”, de acordo com Simão. Ou seja, os principais sintomas são febre, dor de cabeça, coriza e dor de garganta. O quadro pode ser confundido com resfriado comum e isso faz com que muitas pessoas não procurem atendimento.
Simão esclarece que a principal diferença de uma é na transmissão, sendo “mais perigosa porque transmite mais rápido”. Ele também opina que daqui um mês, a variante Delta pode ser a cepa predominante.
Para saber mais, acesse a reportagem no Olhar Digital.
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