A partir desta segunda-feira (22) a Áustria entrou em lockdown para conter a quarta onda da Covid-19. Nas últimas semanas, o país estava restringindo a circulação apenas de quem não estava vacinado. Agora, a regra vale para toda a população.
Viena, capital do país, recebeu protestos de apoiadores da extrema-direita contra as novas medidas de isolamento e a vacinação obrigatória, que entrará em vigor em fevereiro. No sábado (20), cerca de 40 mil pessoas estavam nas ruas. Seis foram presas.
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O país possui uma das taxas de população totalmente vacinada mais baixas da União Europeia. O Partido da Liberdade, de extrema-direita, é o terceiro maior no parlamento austríaco e faz parte de um forte movimento antivacina no país.
Parte dos comerciantes do país também teme ser prejudicada com o novo isolamento, que deve prejudicar o comércio de natal, a época mais importante do ano para muitos lojistas. Além disso, o turismo no país está suspenso, o que também deve impactar na economia de fim de ano.
Áustria contra Covid-19
“Ninguém quer um lockdown, um lockdown é um último recurso, um instrumento agressivo, é sempre uma imposição, mas é o instrumento mais confiável que temos para impedir essa quarta onda da Covid-19”, explicou o ministro da saúde da Áustria, Wolfgang Mückstein.
A Áustria está atualmente com 66% da população totalmente imunizada, uma das taxas mais baixas de toda União Europeia, é esperado que o lockdown para não vacinados, decretado nos últimos dias, ajude a aumentar esse número.
O governo disse que registrou um aumento de pessoas marcando para serem vacinadas. Apesar disso, ainda vai demorar para que o público que está recebendo as doses apenas agora esteja totalmente imunizado.
Nesta segunda-feira, a Eslováquia começou a confinar os não vacinados contra a Covid-19, seguindo a iniciativa que a Áustria estava adotando nas últimas semanas. “Recorremos a um confinamento vigoroso dos não vacinados, porque temos de protegê-los”, explicou o primeiro-ministro Eduard Heger para o canal público RTVS.
O diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, disse em coletiva que “estamos, mais uma vez, no epicentro”. Ele ainda destaca que com o ritmo atual podemos ter “outro meio milhão de mortes de Covid-19” em fevereiro.
A OMS ainda explicou que na Europa, as taxas de internação hospitalar foram maiores em países onde menos pessoas foram vacinadas contra a Covid-19. O órgão também destaca que o relaxamento das medidas de contenção estão contribuindo para o aumento de casos.
Via G1
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