A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Butantan estão trabalhando novamente na apresentação de dados sobre o uso da CoronaVac em crianças. O laboratório tem realizado novos testes em crianças de 3 a 17 anos desde agosto, quando houve a primeira negativa da Anvisa.
Na ocasião, a agência alegou “limitação de dados” para não aceitar o uso do imunizante em crianças e adolescentes. Porém, na última quinta-feira (5), o Butantan enviou novos dados de estudos conduzidos na China com a CoronaVac. No país asiático, o imunizante é usado em pessoas de 3 a 17 anos.
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Pedido oficial pendente
Agora, é esperado que o laboratório paulista e a agência reguladora se reúnam ainda essa semana para dar continuidade à discussão sobre o uso do imunizante do público infanto-juvenil. Segundo a Anvisa, o Butantan ainda não protocolou um novo pedido junto ao órgão.
“Até o momento, o Butantan não apresentou novo pedido para inclusão de menores de 17 anos nas indicações de sua vacina”, disse a Anvisa em comunicado. Para a agência, é importante que os estudos realizados na China tragam fatos novos e dados relevantes.
Anvisa quer fatos novos
“É fundamental que os estudos realizados na China indiquem claramente uma relação favorável para o uso da vacina”, declarou um porta-voz da agência. Segundo a Anvisa, essa relação deve ser especialmente importante para crianças que tenham entre 3 e 12 anos.
Na reunião da última sexta-feira (5), a equipe técnica da Anvisa reforçou a necessidade de apresentação de dados completos sobre imunogenicidade e duração da proteção da CoronaVac em crianças. Esses dados são necessários para avaliações de novas indicações de faixa etária.
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O que diz o Butantan?
Em nota, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, defendeu que a CoronaVac é a vacina mais segura para uso em crianças e adolescentes. Segundo Covas, essa foi a vacina mais aplicada na faixa etária de 3 a 17 anos.
De acordo com o presidente do laboratório paulista, cerca de 70 milhões de crianças e adolescentes já tomaram a CoronaVac ao redor do mundo. Além da China, Chile e Colômbia também aplicam o imunizante da chinesa Sinovac no público infanto-juvenil.
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