O Instituto Butantan retomou nesta terça-feira (25) a produção da vacina CoronaVac. O Instituto entregou a última remessa do imunizante contra a Covid-19 ao Ministério da Saúde no dia 14 de maio e, desde então, estava com as máquinas desligadas.
A parada na produção se deve ao atraso na entrega dos insumos que vem da China e são necessários para fabricação do produto. Segundo o Governo do Estado de São Paulo, a retomada só foi possível porque o Butantan recebeu, no último sábado (22), remessas do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) enviadas pelo laboratório Sinovac Biotech, parceiro do Instituto no desenvolvimento da CoronaVac.
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Imagem: Rafael Serathiuk/Shutterstock
O governo estadual informou que a quantidade de matéria-prima recebida é capaz de produzir mais de 12 milhões de doses. E, nas próximas semanas, devem chegar mais de 15 mil litros do insumo, de acordo com o contrato firmado entre o Butantan e o Sinovac Biotech.
A entrega de 5 milhões de doses devem chegar ao Ministério da Saúde dentro de 15 a 20 dias – tempo necessário para produção do imunizante – para então serem repassadas aos estados.
Devido ao atraso na entrega dos insumos, alguns estados brasileiros pararam de aplicar a CoronaVac. Muitas pessoas ficaram sem a segunda dose do imunizante que deve ser aplicada quatro semanas após a primeira, mas autoridades pedem que elas busquem a segunda aplicação, mesmo com o atraso.
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A busca pelo IFA
O Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) são os únicos laboratórios brasileiros autorizados a fabricar as vacinas contra o coronavírus. No entanto, ambas instituições necessitam dos insumos vindos exclusivamente da China.
O Governo de São Paulo e o Instituto Butantan estão buscando há semanas o comprometimento do governo chinês com os prazos para entrega dos insumos ao Brasil.
O governador de SP, João Doria (PSDB), chegou a acusar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de ser o culpado pela falta de justificativa no atraso das entregas do IFA.
No entanto, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, relatou em uma reunião com os governadores que o atraso nas entregas se deu pela alta demanda de vacinas da China. O embaixador também ressaltou a necessidade de manter um ambiente de boa relação entre o Brasil e a China, além do reconhecimento mútuo ser necessário.
Yang Wanming prometeu que a China liberará aos laboratórios brasileiros IFA suficiente para produção de 16,6 milhões de doses de imunizante nos próximos dias.
A justificativa para o atraso do Ministério das Relações Exteriores foi a mesma utilizada pelo embaixador chinês.
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