Um comunicado enviado às unidades de saúde de São Paulo oficializou a decisão de se usar todas as vacinas disponíveis para ampliar o grupo de pessoas que vão receber a primeira dose dos imunizantes contra a Covid-19. Com a decisão, o governo não reservará metade do lote atual para garantir a segunda aplicação do imunizante.
A estratégia é vacinar o maior número possível de pessoas em caráter emergencial, e tentar evirar um crescimento maior da curva e da gravidade de novos casos da doença. A detecção da nova variante do coronavírus que circula no Amazonas, ainda mais contagiosa, também pode justificar a adoção da ampliação da campanha de vacinação.
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Até esta quarta-feira (27), São Paulo havia registrado 1,7 milhões de casos de Covid-19 e 52 mil óbitos. Por outro lado, mais de 203 mil pessoas foram vacinadas contra a doença.
O documento enviado pela Secretaria Municipal da Saúde determina quais grupos prioritários receberão as doses do segundo lote e orienta que “as vacinas recebidas devem ser utilizadas na sua totalidade na primeira dose”. O intervalo entre aplicações deve ser de 4 a 12 semanas, no caso da vacina da AstraZeneca/Oxford, e de 2 a 4 semanas para a Coronavac.
O Programa Estadual de Imunização espera receber novos lotes com a quantidade relativa à segunda dose – mas ainda não há data para isso acontecer. Profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19 nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Assistência Médica Ambulatorial (AMAs) estarão no grupo prioritário.
Idosos com mais de 60 anos e pessoas com deficiência com mais de 18 anos vivendo em instituições de longa permanência, indígenas aldeados e quilombolas também receberão as doses.
Das duas milhões de doses da vacina de Oxford importadas da Índia, 500 mil foram destinadas para São Paulo. Em contrapartida, o Instituto Butantan já forneceu quase 7 milhões de doses da CoronaVac para todo o País. Neste caso, cerca de 1,5 milhão de doses do imunizante chinês ficaram em São Paulo.
Via: Folha de S. Paulo