A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou neste sábado (27) o uso emergencial da vacina da Johnson & Johnson contra a Covid-19.
A Janssen, que é como a vacina é chamada, foi a terceira a ser aprovada pelo órgão, que é uma espécie de Anvisa americana.
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A vacina Janssen tem como principais diferenciais o fato de ser aplicada em uma única dose, além de poder ser armazenada em refrigeradores comuns. Além dela, o FDA também já autorizou o uso dos imunizantes da Pfizer/BioNTech e da Moderna.
Em nota, o órgão afirmou que os testes clínicos demonstraram que a vacina da Johnson & Johnson não apresentou nenhum problema relevante de segurança nos testes clínicos de fase 3 e pode ser administrada em qualquer pessoa maior de 18 anos.
O nível de eficácia foi de 66,9% contra casos leves e graves nos testes realizados no Estados Unidos, nos estudos conduzidos na África do Sul, o grau de eficiência foi um pouco menor, o que pode indicar que a vacina seja menos eficaz contra a variante sul-africana da Covid-19.
Vacina é a primeira de adenovírus aprovada nos EUA
A Janssen é a primeira vacina que usa a tecnologia de adenovírus a ganhar o aval do FDA para ser aplicada em território americano. As que foram aprovadas antes dela usam outra tecnologia, a de RNA.
Na prática, o imunizante da Johnson & Johnson utiliza um vírus inofensivo, que recebe uma parte do gene do Sars-Cov-2 e o entrega para as células de defesa do corpo. Com isso, elas aprendem a reconhecê-lo e conseguem combatê-lo quando expostas ao vírus propriamente dito.
No papel, a Janssen é a vacina com menor índice de eficácia entre as aprovadas pelo FDA, sendo que a da Pfizer/BioNTech tem 95% de eficiência e a da Moderna apresenta um índice de 94,1% nos estudos clínicos de fase 3.
Mas fatores como a população que participou dos testes de fase 3 e as variantes em circulação no momento em que os estudos foram feitos podem alterar esses números. Mas, o mais importante é a redução no número de hospitalizados e mortos pela Covid-19, algo que a Janseen deve ajudar a conseguir.
“O que importa para você são as hospitalizações e as mortes”, disse Ashish Jha, reitor da Escola de Saúde Pública da Universidade Brown, em uma entrevista à NPR. “E a Johnson & Johnson parece ser tão boa quanto a Moderna e a Pfizer na prevenção disso”.
Via: The Verge
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